
A inteligência artificial (IA) já faz parte do nosso dia a dia. Porém, a dependência delas pode causar grande prejuízo à nossa capacidade de pensamento crítico.
Segundo pesquisadores da Microsoft e da Universidade Carnegie Mellon (EUA), a confiança excessiva nessas ferramentas pode causar grandes danos ao pensamento crítico, bem como prejudicar a capacidade de sintetização do cérebro.
Estrutura do pensamento crítico
O estudo definiu a estrutura do pensamento como uma pirâmide. Dessa forma, o conhecimento fica no topo, seguido pelo entendimento de ideias, prática, comparativo de ideias e, no final, sintetizá-las ou combiná-las.
- Baseado em pesquisas realizadas com 319 dos chamados “trabalhadores do conhecimento”, que podem ser geralmente categorizados como “empregos de colarinho branco”, o estudo descobriu que, embora a IA generativa possa melhorar a eficiência, ela pode inibir o engajamento crítico com o trabalho;
- Dessa forma, ela acaba levando, potencialmente, à dependência excessiva da ferramenta a longo prazo, além da diminuição da habilidade para a resolução independente de problemas;
- Em resumo, a IA está acabando com a habilidade dos funcionários de trabalhar por si.
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Impactos
O impacto dessa problemática está sendo visto principalmente no setor de negócios. De acordo com relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial, houve diminuição de cerca de 41% na força de trabalho.
CEOs das big techs admitiram que delegam boa parte de seu trabalho para inteligências artificiais, segundo o CNET. Essa migração das funções para bots gerou onda de demissões e menos vagas de emprego.

Afrouxamento das regras
Uma série de ordens executivas relacionadas à segurança da IA, emitidas pelo ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden, foram revogadas pelo presidente Donald Trump, reduzindo as restrições para as big techs. Nesse sentido, na semana passada, o Google suspendeu a proibição do uso de IA no desenvolvimento de armas e ferramentas de vigilância.
Outro uso muito comum, da parte dos trabalhadores, é utilizar a IA para correções e revisões de seus trabalhos já realizados. Apesar de essa ação requerer um pouco de pensamento crítico, os pesquisadores alertam que o uso a longo prazo pode prejudicar a capacidade de sintetização.
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