28 de fevereiro de 2025
iPhone 16E: o que estão falando sobre o novo smartphone
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Uma semana após o lançamento oficial do iPhone 16E pela Apple, o smartphone “barato” da maçã, já são vários os usuários e testadores que divulgaram suas opiniões sobre o dispositivo nas redes e na mídia.

E para quem não consegue adquirir o produto (ele é mais barato, mas o “barato” da Apple é entre R$ 5,79 mil e R$ 8,09 mil), fica a pergunta: será que o iPhone 16E é bom como seus irmãos mais velhos? A seguir, o Olhar Digital elenca avaliações realizadas por CNET, The Verge, TechCrunch e Engadget. Confira:

Uma das maiores reclamações dos jornalistas é a ausência do Dinamic Island (Imagem: Divulgação/Apple)

Testando o novo iPhone 16E

Apanhado geral

Patrick Holland, do CNET, usou o modelo por seis dias e se surpreendeu com a tranquilidade que foi utilizá-lo, exaltando a facilidade em aproveitar as funções do iOS 18, incluindo o Apple Intelligence, chamadas 5G e até jogou games, como “Resident Evil 4“.

O jornalista recomenda o modelo para quem tem, por exemplo, um iPhone 11 (lançado em 2019), ou usuários de Android que querem se aventurar no universo da maçã. Ele considera ser “uma boa atualização em todos os sentidos, da câmera à duração da bateria”, mas lamenta a ausência de uma câmera ultrawide.

Além disso, Holland entende que o iPhone 16E é uma ótima escolha para adolescentes e adultos que não se importam em não ter o suprassumo da tecnologia nas mãos, ainda mais se tiverem um iPhone com quatro ou cinco anos de uso.

Comparado ao iPhone 15, ele acha que seria melhor pegar logo o 16E “desde que você esteja bem em não ter o Dynamic Island, uma câmera ultrawide e o MagSafe“. Um elogio que ele faz é ao processador A18, que deverá ter suporte por mais tempo que o A16 Bionic, que equipa os iPhones 14 e 15.

Contudo, a escolha fica mais difícil quando se trata de se decidir entre o 16 e o 16E. Mas, para o profissional, se você tiver “bala na agulha”, vá de iPhone 16, já que sua tela é mais brilhante, há compatibilidade com o MagSafe e a câmera ultrawide que funciona como lente macro.

Já Allison Johnson, do The Verge, define o 16E da seguinte maneira: “O iPhone 16E é tudo o que eu amo e odeio no iOS. FaceTime na ponta dos seus dedos. Uma câmera confiável. Simplicidade. Familiaridade. Eles são os pilares da experiência do iPhone, e o mais novo telefone da Apple os tem”, opina.

Ela fez um comparativo relacionado ao marido dela, que possui o clássico iPhone XR há seis anos. De início, ele pensou que precisaria “aprender algo novo” para usar o 16E, mas, após alguns segundos, ele disse: “Ah, é como meu telefone“.

Tecnicamente, o 16E é mesmo como o XR, mas com algumas melhorias essenciais, como processador mais rápido, melhor e tela mais bonita, bem como uma câmera moderna, entre outros importantes itens. Sobre o preço salgado, Johnson entende que a Apple estabeleceu este valor por “falta de concorrência“, já que, enquanto o Android é disseminado em inúmeras marcas e modelos de smartphone, o iOS só está no iPhone e o iPhone é exclusivo da Apple.

Mas, assim como Holland, ela sente falta de uma câmera extra e do MagSafe, concordando também com seu colega quando se fala de quem deve comprar esse aparelho.

Por sua vez, Brian Heater, do TechCrunch, foi curto e grosso: “[…] o 16E não é um dispositivo empolgante. É um dispositivo seguro. É uma amálgama de iPhones anteriores em tentativa de criar produto confiável, ao mesmo tempo em que mantém os custos baixos”, desabafa.

Brian Oh, do Engadget, definiu o uso do 16E como uma viagem no tempo, como se ele voltasse para ver seu eu jovem e, ao mesmo tempo, ser forçado a viver no passado, já que o smartphone dele é um 16 Pro.

Ele também entende que “abraçar a mudança” ao se obter o 16E é mais “difícil de engolir”, pois a Apple sacrificou muitos recursos para dar um desconto não muito camarada. Assim como seus colegas de profissão, Oh também se surpreendeu com a ausência do MagSafe e de uma segunda câmera.

Para o profissional, ele pensa que, agora, é preciso ser “extremamente meticuloso” ao analisar as semelhanças e diferenças entre os iPhones disponíveis, já que, agora, existem muitos fatores que precisam ser considerados. Entre eles, a velocidade de carregamento sem fio ou padrão Wi-Fi que você necessita, ou, ainda, se você se importa com a câmera.

Todavia, Oh frisa que sentiu muito a ausência de duas ou mais câmeras, contudo, não teve muitos problemas por não haver MagSafe e Dynamic Island. “Mas o que o iPhone 16E oferece é desempenho rápido, design limpo, longa duração da bateria e, mais crucialmente, acesso mais barato ao ecossistema da Apple”, explana.

Ele também concorda com os demais avaliadores sobre as impressões que usuários de modelos antigos de iPhone terão ao usar o 16E: de que não se importarão com as diferenças de design para as linhas mais novas.

iPhone 16E de lado, destacando sua traseira e sua tela
Uma única câmera traseira também não foi bem-recebida (Imagem: Divulgação/Apple)

Design e tela

Quando fala do design do iPhone 16E, o jornalista do CNET destaca sua semelhança com todos os modelos anteriores, partindo do 12 (exceto o SE). Seu vidro traseiro traz acabamento fosco texturizado e sofisticado, parecendo ser discreto, mas que lhe dá um ar mais premium.

Não há saliências da câmera em sua traseira, uma lente apenas. Já a tela do dispositivo lembrou a Holland a do iPhone 14. Ela possui 6,1 polegadas e entalhe “no estilo old school” na parte superior para comportar a câmera selfie e o Face ID.

O jornalista não teve problemas com o entalhe, mas sentiu falta da Dynamic Island, introduzida com sucesso pela Apple no iPhone 14 Pro e Pro Max, em 2022.

Outra ausência muito sentida foi a visualização de atividades em segundo plano, como, por exemplo, o cronômetro na parte superior da tela em contagem regressiva, ou, no Brasil, apps, como Uber e iFood, que exibem quanto tempo falta para o motorista chegar, ou qual o status do seu pedido no restaurante.

Holland opina que o 16E é mais voltado a quem tem iPhone mais antigo que não possui o Dynamic Island, de modo que o recurso não deverá fazer falta a esses usuários.

No dia a dia, mesmo em ambientes externos, a tela “parece boa“, mas a taxa de atualização dela é baixa: 60 Hz, o que é encontrado em muitos modelos de Android médios e de entrada.

Portanto, Holland diz que, se você quiser um iPhone com altas taxas de atualização (a chamada tecnologia Apple ProMotion), vá para o (caríssimo) iPhone 16 Pro e questiona: “Como será usar o 16E em três ou quatro anos?

Para ele, a ausência do MagSafe não será sentida por quem tem um iPhone antigo que não é compatível com a tecnologia. Sendo assim, Holland acredita que fabricantes de capas para smartphone farão modelos para o 16E com ímãs que permitirão ao novo dispositivo se conectar a suportes magnéticos e acessórios.

Johnson, do The Verge, rememora que o design do 16E é moderno, mas que é, apenas, um “bom negócio“, sem contar que ele custa US$ 200 (R$ 1,16 mil) a menos que o iPhone 16 de entrada e lembrou de um item que não atua como nos modelos mais robustos: o botão de ação, que não possui controle de câmera.

Ela, contudo, vai na mesma linha de Holland, explicando que se importar ou não com a ausência de algumas das principais tecnologias recentes da maçã vai de cada um, supondo que usuários com iPhones mais antigos possam nem sentir falta dos recursos.

Sobre a tela, na opinião dela, o display do 16E “é, muito provavelmente, uma versão da tela do iPhone 14, completa, com entalhe que abriga o Face ID e o conjunto de câmeras frontais”.

Ela aponta que, na teoria, a tela normal do 16 é mais brilhante, mas, na prática, se “parecem quase as mesmas para mim, em termos de brilho“, lamentando ainda que o display do modelo não fica com a mesma quantidade de nits que os aparelhos mais caros.

Quanto à ausência do Dynamic Island, ela ressalta que, apesar de o entalhe substitui-lo, quem comprar o 16E ainda poderá acompanhar as atualizações em tempo real de seus apps, como os citados Uber e iFood, na tela de bloqueio. Assim como Holland, ela sentiu falta do recurso por sua utilidade.

A jornalista do Verge salienta, ainda que, enquanto muitos não devem ligar para a ausência do MagSafe, para ela, é algo ruim, contudo, reforça que existe carregamento sem fio QI no 16E. “Mas a beleza do MagSafe é a simplicidade e, se você odeia capas como eu, é uma maneira prática de adicionar um Pop Socket ou uma carteira discreta ao seu telefone sem se comprometer com uma capa”, continua.

Johnson ainda questiona a decisão da Apple de deixar o recurso de fora do 16E, visto que, além do SE, todos os iPhones, a partir do 12, possuem o MagSafe. “Parece um recurso padrão agora e é difícil entender por que a Apple o deixou de fora“, diz.

Para Heater, do TechCrunch, a novidade recém-lançada pela maçã se assemelha mais aos iPhones 13 e 14, tanto em dimensões, como na inclusão do entalhe. Mas, não se engane: isso não é um retrocesso, como, por exemplo, aconteceu com o SE, em 2022. Na verdade, o jornalista pensa que o 16E parece um iPhone “‘moderno’ de uma forma que o último SE não parecia“.

Ele cita, ainda, que haverá compradores que sentirão falta do Touch ID em prol do Face ID, além de que o 16E marca o fim do iPhone “pequeno“, como o SE de 2022, que tinha 4,7 polegadas. Ainda sobre a tela, ele reforça que o display do novo dispositivo é uma SuperRetina XDR, bem como a quantidade de nits, também citada por Johnson. Enquanto os modelos mais parrudos chegam a até dois mil nits, o 16E alcança 1,2 mil nits.

Oh, do Engadget, lembra que a tela do 16E é mais reforçada que a do último SE lançado, pois possui a proteção Ceramic Shield, introduzida no iPhone 12. Também pensa que o tamanho da tela é compatível com a época em que vivemos, pois, em 2025, é difícil pensar em (e achar um) modelo de smartphone que tenha display menor.

Oh também reforça que o design do aparelho é visualmente semelhante aos demais modelos da linha 16, mas que isso muda completamente ao ligar a tela, quando vemos os engastes e o entalhe, ficando bem próximo ao iPhone 14.

Há, ainda, de sua parte, o destaque ao painel OLED, que é brilhante e vibrante, mas reprova a quantidade de nits alcançada pelo aparelho e a taxa de atualização, frisando que vários mdelos Android na mesma faixa de preço atingem taxas superiores, chegando a 120 Hz.

A ausência do Dynamic Island deixou Oh “um pouco confuso e irritado“, pois ele se tornou dependente do recurso, mas destaca, assim como os demais jornalistas citados nesta reportagem, que os compradores em potencial do modelo nem deverão sentir falta da função, pois, “provavelmente, nunca encontraram o Dynamic Island em suas vidas diárias, então, não será uma mudança chocante”.

Destaque da lateral e da traseira do iPhone 16E, que está na horizontal
No quesito design, os avaliadores concordam que ele é uma mescla dos modelos mais recentes (Imagem: Divulgação/Apple)

Câmeras

O 16E é equipado com apenas uma câmera traseira. Holland, do CNET, diz que “prefiro ter uma câmera realmente boa do que duas ou três medíocres, que, geralmente, podem ser encontradas em telefones econômicos”.

A principal câmera do modelo, na opinião do profissional, “tira fotos lindas, mesmo usando o modo noturno“. Seu sensor é de 48 MP, com “resolução suficiente para corte de sensor para oferecer ampliação de 2x, e os resultados são decentes“.

Na opinião dele, as imagens têm traços nítidos e possuem boa faixa dinâmica, sendo o suficiente para iluminação de alto contraste, como, por exemplo, o nascer e o pôr do Sol. Ainda, suas cores são “atraentemente suaves”.

Dessa forma, ele entende que o 16E é mais interessante para quem quer apenas documentar um momento importante e compartilhar com amigos familiares, ou, então, tirar uma selfie para postar no Instagram ou um vídeo no TikTok.

Johnson, do Verge, opina que a câmera traseira única do aparelho “fornece imagens bonitas na maioria das situações“. Ela sentiu falta da câmera ultrawide mais de uma vez em momentos nos quais ela precisaria ampliar o ângulo de captação da imagem, mas não poderia fazer isso fisicamente, pois não havia espaço para se dar um passo para trás.

Sobre o modo retrato, a jornalista o classifica apenas como “decente“, mas explana que se trata da versão mais antiga, que não possui a facilidade de alterar o ponto de foco depois do fato. Existem, ainda, estilos fotográficos que ajudam no ajuste de reprodução de cores, “embora também sejam a versão da geração anterior e você não possa ajustar os subtons“.

Apesar dessas “perdas”, Johnson avalia que “a maioria das pessoas ficará perfeitamente feliz” com o sistema de câmera oferecido pelo 16E. Mas, assim como Holland, ressalta que este não é o modelo ideal para tem mais inclinção fotográfica ou busca mais flexibilidade no ajuste e edição de fotos. Neste caso, ela aconselha a compra do 16 ou do 16 Pro.

Já nas filmagens, não há problemas para ela, que qualificou a gravação de vídeos em 4K como “excelente“, além de estabilização óptica de imagem e reprodução de cores “confiável”.

Heater, do TechCrunch, entende que a ausência do Camera Control (que abre a câmera com um simples toque) no 16E é notável, mas mais notável ainda, na opinião dele, é a presença de apenas uma câmera. Ele destaca que a Apple focou no sistema de câmera “dois em um“, onde, por meio da fotografia computacional, o smartphone tem uma câmera, mas “parece” ter duas.

Oh, do Engadget, define o uso da câmera única do 16E como sendo “viajar no tempo“. Ele testou seu desempenho contra o 16 e o 16 Pro. Em suas análises, o profissional percebeu que o 16E e o 16 entregaram quase o mesmo nível de detalhes, saturação e vibração, sendo difícil definir qual dos dois se saiu melhor em fotos com pouca luz. “Mas a falta de uma segunda lente na parte traseira é limitante de maneiras importantes“.

O jornalista sentiu muita falta de uma lente ultrawide, o que “apresentou desafios muito rapidamente“, em situação similar ao enfrentado por Johnson, do Verge. A qualidade da câmera se repete para selfies, que pareciam quase idênticas, idependente de qual aparelho Oh utilizasse. Ambos possuem uma câmera de selfie TrueDepth de 12 MP, mas cada um possui um sensor e lente específicos para se integrar ao software e ao Apple Silicon.

Oh também fala do modo retrato do 16E, onde “reside a maioria das minhas queixas com a câmera“. Ele critica a incapacidade do sistema de tirar fotos com fundo focado e o falso efeito de profundidade de campo.

“Mas, para aqueles como eu, pode ser frustrante saber que o modo Retrato do iPhone 16e só funciona quando detecta um rosto na cena“, desabafa, ressaltando que isso remonta à quando o recurso foi disponibilizado pela primeira vez, no iPhone 7 Plus, lançado em 2016.

Ele ainda relatou falhas ao tentar identificar um rosto em quadros para tirar um retrato, função muito boa nos modelos mais caros e potentes, além da ausência da última geração dos Estilos Fotográficos e os filtros de cor e tom.

Destaca, ainda, a falta de recursos de câmera, como os modos Espacial, Ação e Cinematográfico. Sobre o Camera Control, Oh classifica sua ausência como “razoável”, pois não sentiu tanta falta dele ao configurar o botão de ação para iniciar a câmera.

Destaque do botão de ação
iPhone 16E também vem com o botão de ação (Imagem: Divulgação/Apple)

Modem proprietário e chamadas em 5G

Mas o iPhone 16E tem algo que seus irmãos (e nenhum outro da Apple, na verdade) não tem: um modem da própria maçã, o C1, que, para Holland, do CNET, faz ótimas chamadas de voz e vídeo. “As chamadas telefônicas soaram claras e as chamadas de vídeo por 5G nunca congelaram“, afirma.

Quando se fala de downloads e streaming em 5G, o jornalista informa que baixou, pela rede móvel, o game “PGA Tour Pro Golf”, que possui 2,4 GB de tamanho. Ele também conseguiu assistir à série “Ruptura” no Apple TV+ tranquilamente.

Em testes de velocidade realizados contra o 16 Pro Max, o 16E perdeu, mas fez um bom trabalho mesmo assim. Tanto que, quando se fala de velocidade de upload, ele foi até superior, permitindo selfies e vídeos postados mais rapidamente nas redes sociais e videochamadas com boa aparência e bom som, sem congelamentos.

Johnson, do Verge, também testou o modem: fez chamadas no FaceTime, carregou arquivos de vídeo grandes em lugares com muito tráfego de internet e streaming de vídeos no YouTube enquanto estava no ônibus.

Em testes realizados ao lado de um iPhone 16 comum com um modem da Qualcomm, ela não percebeu diferenças consistentes no desempenho de ambos. “Toda vez que eu achava que o iPhone 16 estava se saindo melhor com qualidade de videochamada ou velocidades de upload, eu tentava o mesmo teste novamente e o 16E saía na frente“, conta, considerando um “ótimo resultado” para o C1.

Johnson lembra que a Apple disse, em comunicado, que o uso do C1 permitiu à maçã oferecer “a melhor duração de bateria de todos os tempos em um iPhone de 6,1 polegadas”.

Heater, do TechCrunch, comenta sobre a economia de energia que o C1 consegue entregar, o que permitiu à maçã incluir uma bateria maior no 16E.

Para Oh, do Engadget, porém, é difícil analisar a qualidade do C1 após apenas uma semana de uso caso as pessoas terem problema significatico ou interferência.

Mas, no caso do jornalista, ele encontrou poucos problemas com a rede. Contudo, há um porém: o smartphone oficial de Oh é um 16 Pro, cujo cartão SIM é da T-Mobile, que, frequentemente, perde sinal em estações de trem subterrâneas, por exemplo.

Contudo, o eSIM da AT&T que equipava o 16E de teste funcionou mesmo nesses lugares. “Isso tem menos a ver com o hardware da Apple e mais com a cobertura de cada operadora, é claro”, ressalta.

Quando ele realizou testes de desempenho geral do C1 a partir de testes de velocidade nos portais Speedtest e Fast.com, Oh percebeu que o 16E superou “significativamente” seu 16 Pro, “mas muito disso tem a ver com velocidades de rede indviduais“. Ele frisa, ainda, que isso também tem a ver com se você está usando um smartphone com suporte a banda ultralarga 5G, que traz ganhos significativos de desempenho. Contudo, o C1 não tem esse suporte.

Ainda no campo da conectividade, ele lembra que o 16E não tem suporte ao Wi-Fi 7, mas, sim, à sexta geração do padrão de internet, e, também, não possui suporte ao padrão de rede doméstica inteligente Thread.

iPhone 16E na horizontal exibindo um vídeo
Tela também é motivo de elogios (como imagem vívida e vibrante) mesclados com críticas (como taxa de atualização menor e menor quantidade de nits) (Imagem: Divulgação/Apple)

Bateria e iOS

Em seis dias de uso, Holland, do CNET, precisou carregar o 16E apenas três vezes com um carregador de parede de 30 W. O novo iPhone foi de 0% a 59% em 30 minutos. Ele destaca que vem usando o aparelho de forma intensa, “testando as câmeras, executando ferramentas de inteligência da Apple e jogando jogos com gráficos intensos”.

Dessa maneira, ele entende que o iPhone 16E pode durar um dia inteiro com apenas uma carga e, a depender do uso de seu dono, pode chegar a um dia e meio sem ser ligado novamente à tomada. O CNET realizou um teste de bateria com streamings de vídeos com a bateria em 100%. Após uma hora de transmissão, segundo Holland, a bateria não diminuiu nada, ou seja, permaneceu nos 100%.

Quanto ao chip do 16E, o A18, tem um porém: enquanto os irmãos mais velhos têm GPU de cinco núcleos, o 16E tem um de quatro núcleos. Mesmo assim, no dia a dia, Holland não sentiu nenhuma dificuldade para jogar, editar e salvar vídeos e, nem mesmo, usar o Apple Intelligence, sistema de inteligência artificial (IA) da maçã.

Para se ter uma ideia, no teste de benchmark da CPU, o modelo mais em conta da geração atual de iPhones conseguiu se sair melhor do que o iPhone 16, iPhone 15 e iPhone SE. Já no benchmark para desempenho gráfico, o núcleo extra da GPU faz diferença. Até mesmo o 15 se sai melhor que o 16E.

Quando se trata do iOS 18, último sistema operacional (SO) lançado pela Apple para seus smartphones, ele “roda sem problemas“. Os recursos de emergência, por exemplo, são acessíveis, incluindo o suporte via satélite para emergências quando não há sinal de celular.

Nessa linha, ela afirma, que a duração da bateria “certamente parece boa“. Johnson utilizou o 16E durante à tarde, fora de casa, com muito GPS, transmissão de podcasts e YouTube, além de testes de conectividade.

“Registrei cerca de cinco horas de tempo de tela e estava com 41% no final do dia. Estou confiante de que a maioria das pessoas conseguiria passar um dia confortavelmente com esta bateria, mas essa não é minha maior preocupação”, afirma. Ela entende que a maior preocupação deve ser a saúde da bateria a longo prazo, pois a Apple não tem bom histórico quando se trata desse item.

E o Apple Intelligence? Johnson discorre sobre o tema mais que Holland, afirmando que “a Apple gostaria que pensássemos em sua IA como recurso de destaque no 16E, mas, simplesmente, não parece um — ainda não, pelo menos“.

Ela conta que todos os recursos do Apple Intelligence estão no aparelho, como o Image Playground, resumos de notificação e a Siri com ChatGPT. Mas a jornalista considera que o Apple Intelligence não deve ser um fator decisivo na escolha do 16E em vez de, por exemplo, o iPhone 15.

Heater, do TechCrunch, também lembra que, assim como os novos modelos, lançados no ano passado, ele vem com uma porta USB-C e que o padrão Qi de carregamento chega a 7,5 W, ante 15 W do iPhone 15 e 25 W do iPhone 16. A Apple declara que o 16E alcança até 26 horas longe da tomada, enquanto o 16 chega a 22 e, o 15, a 20 horas.

Já Oh, do Engadget, ressaltou que o recurso Visual Intelligence, parte do Apple Intelligence, funcionou (quase que) perfeitamente. Isso porque a Siri com ChatGPT não identificou, de forma precisa, a marca de seus sapatos, sugerindo estilos semelhantes.

Já no desempenho com o chip A18, Oh testou o game “Vampire Survivor”, que rodou sem problemas, mas “esse é um jogo bastante simples de rodar, computacionalmente falando, e ainda não forcei o iPhone 16E com opções mais exigentes”. Na opinião dele, para rodar jogos sem gargalos, como “Call of Duty: Warzone” e “League of Legends: Wild Rift”, é melhor gastar um pouco a mais.

No dia a dia, o 16E foi suave e rápido com o jornalista do Engadget, mas enfrentou lentidões em situações que desafiam modelos mais parrudos, como o 16 Pro. Um exemplo citado pelo profissional foi aguardar que o Apple Intelligence criasse um Genmoji de “gravação de vídeo”, por exemplo, ou, ainda, que o Image Playground retornasse resultados com base no mesmo comando.

Ainda, o recurso Cleanup no app Fotos não respondia, “apesar de eu desenhar, repetidamente, em coisas que eu queria apagar de uma imagem, mas isso parece mais um problema do Apple Intelligence do que um processador lento“, ressalta. Ele também se saiu inferior que o 16 no quesito lentidão ao aguardar o modo Noite finalizar a captura de uma foto com pouca luz ao demorar um segundo ou mais.

Quanto à bateria, Oh não realizou testes profundos, mas disse que tirou o smartphone do carregador às 10h de um domingo e, na terça-feira de manhã, ainda tinha 60% de bateria restante após um dia com muitos testes da câmera.

Imagem ilustrativa do chip A18
Novo aparelho vem com o chip A18, mas com uma diferença: enquanto os modelos 16 regulares contam com GPU de cinco núcleos, o 16E possui quatro (Imagem: Divulgação/Apple)

Considerações finais do iPhone 16E

O CNET fez, ainda, uma lista de prós e contras do novo smartphone da maçã:

Quem também fez uma lista de prós e contras foi o The Verge:

O Engadget também criou uma tabela com prós e contras:

Oh, do Engadget, completa: “O iPhone 16E é a entrada mais acessível no Apple Intelligence e no restante do ecossistema da empresa, além de ser opção sólida para quem não se importa muito com fotografia com smartphone.”

O TechCrunch, com Heater, diz que escolher entre o novo modelo de entrada da maçã e os mais completos depende, claro, do que você precisa. “Tudo se resume a quais recursos você precisa e do que está disposto a abrir mão”, explica, além de que o 16E é um “exercício de priorização de recursos“.

Para ele, a coisa funciona assim: caso você precise do topo de linha, gaste mais e compre o 16 normal, mas, se o Apple Intelligence não for prioridade para você, busque o 15, pois ele “tem tudo o que você precisa“. Por fim, ele salienta haver, “surpreendentemente“, pouca diferença entre o 16 e o 16E. Isso porque o novo modelo tem o chip A18 e 8 GB de memória RAM, permitindo que o Apple Intelligence flua melhor.

Quanto à ausência do MagSafe, Dynamic Island, Camera Control e a câmera dupla, ele destaca que a Apple sacrificou esses recursos em prol da acessibilidade. Se você conseguir viver sem nada disso, então, vale a pena economizar e comprar o novo iPhone 16E.

Por fim, Oh, do Engadget, disse que, mesmo havendo várias ausências, o 16E é uma boa atualização do SE, mas que, “provavelmente, ficará desatualizado novamente antes do iPhone 16“.

“Considerando o quão atrás o iPhone SE estava em comparação ao iPhone 13, o fato de o iPhone 16E estar tão próximo do resto do portfólio do iPhone 16 é impressionante” e, também, concorda que a aquisição depende de sua dependência das novas tecnologias que os modelos mais parrudos oferecem.

Preço e disponibilidade do iPhone 16E

O novo iPhone 16E começou a ser vendido em pré-venda no Brasil nesta sexta-feira (28), com preços a partir de R$ 5.799. Confira as opções:

  • Cores:
    • Branco;
    • Preto.
  • Armazenamento e preço de cada um:
    • 128 GB (R$ 5.799);
    • 256 GB (R$ 6.599);
    • 512 GB (R$ 8.099).

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/02/28/reviews/iphone-16e-o-que-estao-falando-sobre-o-novo-smartphone-da-apple/