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A Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) apresentará uma representação ao Ministério Público Estadual solicitando que plataformas de GPS, mapas e aplicativos de trânsito atualizem trimestralmente ou removam de seus mapas os endereços de áreas consideradas de risco na cidade.
A medida visa evitar que usuários sejam direcionados a locais perigosos, como o recente caso de um idoso de 80 anos que teve seu carro atingido por tiros de fuzil após entrar por engano na Cidade Alta, no Complexo de Israel, Zona Norte do Rio. O incidente com o idoso reacendeu o debate sobre a segurança dos usuários de aplicativos de trânsito na cidade, que muitas vezes indicam rotas alternativas que podem levar a áreas de conflito.
Segundo o Instituto Fogo Cruzado, em 2023, 19 pessoas foram baleadas em decorrência de erros de rota, com cinco mortes. O presidente da Comissão, deputado Dionísio Lins (Progressistas), afirma que a atualização dos mapas é essencial para proteger os usuários.
“A indicação dessas possíveis áreas ficaria a cargo dos órgãos de segurança pública, baseado nas manchas criminais de cada região”, explica o deputado. Ele ressalta que a retirada desses endereços dos aplicativos visa resguardar a segurança de todos, especialmente daqueles que não conhecem bem a cidade.
A representação da Alerj também solicitará que as plataformas monitorem o surgimento de novas áreas de conflito e atualizem suas rotas de acordo. A sugestão é que as empresas realizem convênios com o Instituto de Segurança Pública (ISP) e Batalhões da Polícia Militar para manterem seus bancos de dados atualizados.
“Não basta apenas os aplicativos indicarem ou sinalizarem esses locais nos mapas. É preciso uma medida mais radical para evitar novas vítimas”, destaca o deputado Lins. Ele acredita que a atualização trimestral e o monitoramento constante das áreas de risco podem reduzir significativamente o número de incidentes.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/comissao-da-alerj-quer-atualizacao-de-apps-de-transito-para-evitar-areas-de-risco-no-rio/
