4 de março de 2025
Estrada de Ferro Carajás completa 40 anos
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A Estrada de Ferro Carajás (EFC) completou 40 anos na última sexta-feira (28). Com cerca de 1.000 quilômetros de extensão, ela interliga os estados do Pará e Maranhão, percorrendo 28 municípios, de Parauapebas (PA) a São Luís (MA). Desde que entrou em operação, em 1985, a linha férrea entrelaçou a vida de várias pessoas, como a da santa-inesense Kely Cutrim, que costumava viajar no Trem de Passageiros durante a infância e, hoje, conduz o maior trem de carga do mundo.

A relação da família de Kely com a ferrovia Carajás é antiga. Primeiro, o pai, seu Joatã, atuou como maquinista da Vale. Depois, ela e o irmão Jeydson passaram a trabalhar na companhia, o que é motivo de orgulho para a maranhense. “Tenho muito orgulho de fazer parte da família Vale. É um desafio e uma honra ser exemplo para as gerações futuras, empoderando mulheres e homens e compartilhando os conhecimentos adquiridos”, celebra a maquinista.

O corredor logístico também marca gerações da família do inspetor Walber Braçale, que atua na área de manutenção da ferrovia. “Minha família sempre esteve ligada à ferrovia. Há gerações, começando com meu avô até meu primo e eu, todos trabalhamos na ferrovia. Minhas filhas ficam encantadas quando viajam no Trem de Passageiros e uma delas já demonstrou vontade de trabalhar na EFC também”, conta.

Investimento em novas tecnologias

A construção da EFC teve início em 1982 com o objetivo de transportar minério de ferro e manganês da mina de Carajás, no Pará, até o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão. A ferrovia foi inaugurada em 28 de fevereiro de 1985, com o primeiro carregamento de minério de ferro. O Trem de Passageiros só passou a circular em 1986.

Ao longo dos últimos 40 anos, a ferrovia se consolidou como um importante modal de transporte na região. Atualmente, sua capacidade de logística é oito vezes superior à inicial, que passou de 30 milhões de toneladas por ano (Mtpa) para 240 Mtpa. Em 2024, a EFC transportou, entre outras cargas, 176,47 milhões de toneladas de minério de ferro, 10,9 milhões de toneladas de grãos e 2,1 bilhões de litros de combustível. Já o Trem de Passageiros alcançou 423 mil usuários, um recorde desde a sua inauguração.

Várias gerações da família de Walber atuaram na ferrovia | Créditos: Divulgação

Segundo o Diretor de Operações da EFC, João Silva Júnior, ao celebrar 40 anos, a ferrovia reforça sua contribuição para o desenvolvimento da Amazônia Legal. “A ferrovia Carajás representa integração para comunidades inteiras e, também, crescimento sustentável e inovação tecnológica na nossa região”, destaca.

Parauapebas, Pará (PA), Brasil, 30/08/2012 – Complexo Mineral de Carajás. Na foto, locomotiva passando por trecho da EFC – Estrada de Ferro Carajás. Foto: Marcelo Coelho

Atualmente, a EFC é classificada pela ANTT como a ferrovia mais segura do Brasil. Para alcançar esses resultados, o uso de novas tecnologias, incluindo a adoção de inteligência artificial, está presente no dia a dia da operação ferroviária, como na prevenção de falhas em trilhos e na manutenção de rodeiros dos vagões, bem como na redução de riscos em passagens em nível.

O monitoramento da linha férrea é feito pelo Centro de Controle de Operações (CCO), uma instalação de alta tecnologia que funciona 24 horas por dia, nos sete dias da semana, e permite à Vale e gerenciar, em tempo real, a circulação de cerca de 60 trens por dia.
O investimento em tecnologia também alcança o compromisso com a sustentabilidade ambiental, incluindo estratégias para a descarbonização da ferrovia.

Conexão e diálogo com as comunidades vizinhas

Além de desempenhar um papel vital no crescimento econômico da região, sendo corredor logístico para o escoamento de minério de ferro e cargas, a EFC contribui para o desenvolvimento dos municípios por onde ela passa, como o apoio que a Vale dá a quase 100 comunidades, com foco em áreas como educação, saúde e fortalecimento do associativismo, entre outras.

A empresa também ajuda no fortalecimento das políticas públicas na região a partir de projetos como “Trilhos da Alfabetização” e “Ciclo Saúde Proteção Social”, realizados pela Fundação Vale em parceria com outras instituições.
Esse diálogo permanente com as comunidades é essencial para garantir o convívio seguro com a ferrovia.

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/03/estrada-de-ferro-carajas-completa-40-anos/