O Imparcial entrevista nadador maranhense Heitor Raiol

O nadador maranhense Heitor Raiol, esteve presente nos estúdios do O Imparcial para conversar sobre seu início no esporte, acessibilidade à natação, importância do incentivo para atletas, e entre outros aspectos da modalidade também discutidos durante o papo.

Atualmente com uma relação íntima com a água, Heitor conta que nem sempre foi desta maneira, o atleta afirma que durante sua infância sempre teve muito medo de se molhar, e que ser um nadador era uma realidade a qual ele não imaginava naquela época. De acordo com ele:

“É até meio engraçado, quando eu tinha por volta dos cinco anos, lembro que quando fui para a escolinha de natação, eu acabei nem entrando na água por não me sentir bem ali no meu primeiro dia de treino”.

Ao falar um pouco a respeito de outras práticas esportivas, Heitor conta seu interesse em outros esportes sempre foi presente, porém não da mesma forma como a modalidade aquática, ele afirma que:

“Acredito que nunca cheguei a me matricular em outro esporte, já cheguei a praticar durante bastante futebol e vôlei durante a educação física na escola, porém minha dedicação e interesse de fato sempre estiveram voltados à natação“.

Alta performance

Do medo ao alto rendimento, o nadador já representou o Maranhão mundo a fora, com participação em importantes competições dos mais diferentes países, como Equador, Peru, Itália dentre outros lugares. Ao refletir sobre as oportunidades e experiências que o esporte proporcionou para sua vida, Heitor relata que:

“As relações entre os competidores e a interação entre diferentes nações é uma experiência incrível, que proporciona um enriquecimento cultural importante para a vida dos atletas e das equipes envolvidas, a troca de informações e a amizade criadas nesses momentos é muito relevante”, destacou.

Durante suas competições e treinamentos, Heitor relata alguns dos aspectos desafiadores de manter a constância e a alta performance independente de questões exteriores. Ao ser questionado sobre situações adversas durante sua carreira, o nadador afirma que houveram algumas ocasiões em que seu corpo veio a adoecer dias antes de uma importante disputa nas águas, o atleta conta que:

“Já aconteceram diversas situações onde fiquei doente na semana da prova, porém a gente treina o ano todo e sabe que precisa dar o seu melhor independente destas complicações. Houve uma competição onde eu tive que competir mesmo com febre, são obstáculos que devemos superar, faz parte“, disse.

Com uma longa experiência em águas fechadas(piscinas) e abertas(mar), o nadador explica um pouco sobre as diferenças entre as modalidades, e como estas questões implicam na técnica e nas condições do competidor durante a disputa aquática. Segundo ele:

“Em águas abertas você tem que se adaptar à condições da prova, como correntezas, temperaturas baixas, dentro outros detalhes. Já dentro das piscinas, você consegue ter maior controle de desempenho durante a prova”, explicou Heitor.

Acessibilidade ao esporte

Além de toda a técnica necessária para praticar a modalidade, também são necessários materiais, como a sunga e os óculos aquáticos que costumam ser frequentemente vendidos por preços de pouca acessibilidade assim como outros adereços. Este contexto destaca a importância de ações que promovam o incentivo e o apoio financeiro para pessoas e profissionais que desejam praticar ou viver da natação. Segundo o atleta:

“Além da lei de incentivo ao esporte, nós que praticamos a modalidade de forma profissional também somos contemplados com a bolsa atleta estadual, medidas como essas cooperam bastante com a realidade e o desenvolvimento do esporte, porém são benefícios que não conseguem abranger todos que desejam, então ainda é um contexto pouco acessível para muitas pessoas”, concluiu.

O atleta segue trabalhando duro para continuar carregando a bandeira maranhense e brasileira em competições pelo mundo todo. Para conferir a entrevista na íntegra, acesse o canal do O Imparcial no Youtube