A defesa do general Mário Fernandes, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como uma das lideranças operacionais da tentativa de golpe após as eleições de 2022, negou a sua participação na trama golpista e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a análise da acusação na trama golpista seja feita pela primeira instância.
Segundo a defesa do general, ele “não endossou e muito menos praticou qualquer ação com o objetivo de consumar o suposto Golpe de Estado, tal como é possível extrair da leitura das mais de oitocentas folhas do relatório policial que se pensava ser conclusivo da investigação, bem como da própria denúncia”.
Na denúncia, a PGR aponta Fernandes como um dos mais radicais incentivadores da tentativa de golpe, além de interlocutor de Jair Bolsonaro junto aos participantes do 8 de janeiro. De acordo com a acusação, o general solicitou intervenção junto à Polícia Federal para evitar que caminhoneiros ligados ao agronegócio fossem retirados da frente do QG do Exército em Brasília.
Ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência, Fernandes é apontado pela PGR como responsável pelo plano para “neutralizar” autoridades públicas, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre Moraes.
Na manifestação, a defesa pede a revogação da prisão preventiva do general, que está detido por ordem do STF desde o dia 19 de novembro de 2024. Além disso, os advogados solicitam que Moraes autorize o ingresso de computadores no estabelecimento prisional militar onde ele está preso.
Ao pedir que o caso de Fernandes saia do STF e vá para a primeira instância, os advogados do militar alegam falta do requisito de foro privilegiado e apontam para uma suposta arbitrariedade da Corte ao mudar o seu entendimento sobre o tema.
Com informações de O Globo
Fonte: https://agendadopoder.com.br/denuncia-do-golpe-general-kid-preto-mario-fernandes-pede-que-stf-leve-trama-golpista-a-primeira-instancia/
