12 de março de 2025
Lula lança nesta quarta-feira novo consignado para trabalhadores do setor
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança, nesta quarta-feira, o novo modelo do crédito consignado para trabalhadores do setor privado nesta quarta-feira, com a assinatura da medida provisória (MP), em evento no Palácio do Planalto. A linha de crédito é destinada a todos os empregados com carteira assinada, um universo de cerca de 40 milhões de pessoas.

A liberação do novo modelo começa no dia 21 de março e os pedidos serão feitos por meio da carteira de trabalho digital.

Em busca de uma nova marca para o terceiro mandato de Lula, a reformulação da modalidade foi batizada de “Crédito do Trabalhador”. O novo consignado privado é uma das apostas do governo para reverter o baque na popularidade do presidente.

A expectativa do governo é de que o crédito pela modalidade triplique e atinja cerca de R$ 120 bilhões no novo modelo, com benefício, sobretudo, para empregados de pequenas e médias empresas e trabalhadores domésticos.

A operação do novo consignado privado será realizada por etapas, com algumas limitações no início. Inicialmente, só estarão disponíveis novos empréstimos pela modalidade. A migração de dívidas com juros mais caros deve acontecer em um segundo momento, conforme os interlocutores ouvidos pelo GLOBO.

O que é o consignado

O empréstimo consignado permite o desconto das mensalidades diretamente na folha de pagamento, o que reduz o risco de inadimplência para os bancos e permite uma taxa de juros mais baixa. O problema, porém, é que, no modelo atual, poucos trabalhadores com carteira assinada têm acesso à modalidade.

Isso porque depende de um convênio bilateral entre os bancos e os empregadores, o que limita o alcance aos funcionários de grandes empresas. Ainda assim, há pouco apetite das instituições financeiras pela linha devido aos riscos de não pagamento, como no momento de demissão.

Com a iniciativa do governo, a novidade é que o crédito poderá ser ofertado por uma plataforma dentro da Carteira de Trabalho Digital. Lá, o público-alvo poderá comparar as taxas dos bancos. As instituições financeiras, por sua vez, terão acesso a informações do eSocial, sistema do governo em que as empresas registram dados empregatícios, para analisar o risco das operações.

Além disso, quando o tomador de empréstimo for demitido ou trocar de emprego, não será preciso necessariamente quitar o saldo devedor, por exemplo. Hoje, a regra determina que os bancos tenham acesso à multa do FGTS, em caso de demissão sem justa causa, e 35% (limite consignável) da verba rescisória. Fontes do setor, contudo, afirmam que o repasse não é automático. Outro ponto é que muitas vezes esse montante não é suficiente para quitar o saldo devedor.

Com informações de O GLOBO.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/lula-lanca-nesta-quarta-feira-novo-consignado-para-trabalhadores-do-setor-privado/