
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, viaja para Ottawa, no Canadá, na terça-feira (18). Lá, o ministro vai participar de reuniões na sede da Telesat, empresa concorrente da Starlink, de Elon Musk. O objetivo da viagem é conferir o desenvolvimento da constelação de satélites da companhia.
A viagem do ministro é mais um passo do governo de Luis Inácio Lula da Silva (PT) na busca por concorrentes da Starlink para prestar serviços no Brasil, segundo a coluna de Roseann Kennedy no jornal Estadão.
Caso a negociação avance, a empresa canadense poderá atuar em serviços governamentais a partir de 2027. Por exemplo: conectividade em escolas e unidades de saúde.
Ministro das Comunicações vai participar de reunião com CEO de empresa canadense rival da Starlink
O ministro vai participar de reunião com o CEO da Telesat, Daniel Goldberg, na terça. As conversas entre o governo e a empresa começaram em novembro de 2024, quando a concorrente da Starlink enviou representantes ao Brasil.
“Este é um mercado em ascensão e que precisa ampliar as suas alternativas de fornecedores para ser mais saudável”, disse o ministro à coluna do jornal.
Este não seria o primeiro acordo entre a administração de Lula e alguma rival da Starlink. Em 2024, o governo fechou acordo com a chinesa SpaceSail, por exemplo.
A visita à Telesat ocorre num momento de tensão entre Estados Unidos, onde fica a sede da Starlink, e o Canadá. Esse tensionamento é por conta de medidas protecionistas adotadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, recentemente.
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Para Alexandre de Moraes, Starlink coloca soberania do Brasil em risco
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou o projeto da Starlink, empreendimento de Elon Musk, classificando-o como iniciativa de poder que pode ameaçar a soberania nacional. A fala ocorreu durante a abertura de um curso sobre democracia e comunicação digital.

Moraes afirmou que, atualmente, o Brasil preserva sua soberania porque as grandes empresas de tecnologia dependem de infraestrutura local – as antenas e sistemas de telecomunicação de cada país.
Segundo o magistrado, a implantação de uma rede de satélites de baixa órbita, como a da Starlink, possibilitaria à empresa operar sem se submeter à legislação brasileira.
Saiba mais sobre a opinião do ministro do STF nesta matéria do Olhar Digital.
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