
Dados vinculados a 25.349 chaves Pix vazaram, informou o Banco Central (BC) nesta segunda-feira (17). A instituição reforçou que os dados vazados não são sensíveis – isto é, não são senhas, saldos nem informações sobre movimentações, por exemplo. Nem “quaisquer outras informações sob sigilo bancário”, segundo a nota publicada pela autoridade monetária.
Ainda de acordo com a nota, o vazamento dos dados relacionados às chaves Pix ocorreu por conta de “falhas pontuais”. “As informações obtidas [leia-se: vazadas] são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras.”
Vazamento dos dados cadastrais vinculados a chaves Pix ocorreu entre final de fevereiro e começo de março
Os dados cadastrais vazados foram: nome do usuário, CPF “com máscara”, instituição de relacionamento, agência, número e tipo de conta. A instituição envolvida no incidente é a QI Sociedade de Crédito Direto S.A (QI SCD). O vazamento ocorreu entre 23 de fevereiro e 6 de março, segundo tabela de incidentes com dados pessoais do BC.
Quem teve seus dados cadastrais vazados no incidente vai ser notificado exclusivamente por meio do aplicativo ou pelo internet banking da instituição envolvida, segundo o BC. “Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagens, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail.”
De acordo com o Banco Central, o vazamento dos dados vinculados às chaves Pix tem “baixo impacto potencial para os usuários”. Além disso, o BC informou que “foram adotadas as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e serão aplicadas as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente”.
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Receita Federal deve voltar a discutir fiscalização do Pix, diz secretário
O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse, em audiência no Senado, que não há outra escolha a não ser retomar a discussão sobre fiscalização do Pix. Para o secretário, é preciso voltar a falar sobre a exigência de que fintechs (Inter, PicPay, Nubank) informem à Receita a movimentação financeira dos seus clientes.

Barreirinhas defende a retomada da discussão diante de operações cada vez mais frequentes da Polícia Federal que miram esquemas para lavar dinheiro. “Não quero demonizar as fintechs. Mas a verdade é que muitas acabam sendo usadas [para atividades ilícitas] devido à facilidade na abertura de contas.”
Saiba mais sobre a fala do secretário especial da Receita nesta matéria do Olhar Digital.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/03/17/seguranca/dados-de-25-mil-chaves-pix-vazam-informa-banco-central/