18 de março de 2025
Chatbots podem ter “ansiedade”; entenda como
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Um estudo recente publicado na revista Nature descobriu que chatbots, como o ChatGPT, podem apresentar sinais de ansiedade quando expostos a narrativas traumáticas, como crimes e guerras, o que compromete sua eficácia em contextos terapêuticos.

No entanto, a ansiedade do chatbot pode ser reduzida por meio de exercícios de atenção plena, semelhantes aos usados em humanos. Isso sugere que essas ferramentas podem ser mais eficazes se projetadas para lidar com situações emocionais difíceis.

O uso de chatbots para terapia tem crescido, especialmente diante da escassez de terapeutas humanos, mas os pesquisadores alertam que esses assistentes virtuais precisam ser emocionalmente resilientes para lidar com as necessidades dos usuários.

Estudo foi conduzido no ChatGPT e usou pontuações de ansiedade (Imagem: mundissima/Shutterstock)

O psiquiatra Dr. Tobias Spiller, autor do estudo, ressaltou a importância de discutir o uso de IA em saúde mental, especialmente com pessoas vulneráveis.

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Como o estudo concluiu que os chatbots têm ansiedade?

  • O estudo envolveu o ChatGPT e um questionário de ansiedade amplamente utilizado em cuidados de saúde mental;
  • O chatbot, ao ler um manual simples, apresentou pontuação baixa de ansiedade, mas, ao ser exposto a uma narrativa traumática, como a de um soldado em um tiroteio, a pontuação de ansiedade aumentou significativamente;
  • Após realizar exercícios de relaxamento baseados em atenção plena, como visualizar uma praia tropical, a ansiedade do chatbot diminuiu substancialmente.

Embora os resultados indiquem que chatbots podem reduzir a ansiedade com técnicas terapêuticas, críticos, como o especialista Nicholas Carr, questionam a ética de tratar máquinas como se tivessem emoções humanas. Ao The New York Times, ele destacou a preocupação moral de depender da IA para consolo em vez de buscar interações humanas.

Em suma, embora os chatbots possam ser úteis como assistentes no suporte à saúde mental, os especialistas sugerem que é crucial existir supervisão cuidadosa para evitar que as pessoas confundam interações com máquinas com a ajuda genuína de um terapeuta humano.

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Uso de chatbots como “terapeutas” vem crescendo, apesar do alerta de especialistas sobre essa prática (Imagem: SomYuZu/Shutterstock)

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/03/18/pro/chatbots-podem-ter-ansiedade-entenda-como/