
A interrupção do apoio dos EUA a programas de HIV pode resultar na escassez de medicamentos em oito países, incluindo Nigéria, Quênia e Lesoto, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O governo dos EUA, sob a administração de Donald Trump, congelou a ajuda externa em seu primeiro dia no cargo, como parte de uma revisão dos gastos do governo.
O presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que essa decisão pode reverter 20 anos de avanços no combate ao HIV, resultando potencialmente em mais de 10 milhões de novos casos e 3 milhões de mortes adicionais relacionadas ao HIV.
Entre os países afetados estão a Nigéria, Quênia, Lesoto, Sudão do Sul, Burkina Faso, Mali, Haiti e Ucrânia, que podem ficar sem acesso a medicamentos antirretrovirais nos próximos meses.
Leia mais
- HIV registra queda histórica em uma década, mostra estudo
- Possível “vacina” contra o HIV entra em nova fase de testes
- ONU: AIDS matou uma pessoa por minuto no ano passado
As consequências da saída dos EUA da OMS
- O congelamento da ajuda impactou programas de saúde essenciais, incluindo o Plano de Emergência do Presidente dos EUA para Alívio da Aids (Pepfar), que já havia salvado mais de 26 milhões de vidas desde seu lançamento em 2003.
- O apoio da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi interrompido, afetando serviços de teste, tratamento e prevenção do HIV em mais de 50 países.
- A OMS pediu aos EUA que reconsiderem sua decisão, destacando a importância de manter o apoio à saúde global, que salva vidas e previne surtos internacionais.
Estima-se que mais de 25 milhões de pessoas vivam com HIV na África Subsaariana, representando dois terços do total global.

O post OMS alerta: escassez de medicamentos para HIV pode causar milhões de mortes apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/03/18/medicina-e-saude/oms-alerta-escassez-de-medicamentos-para-hiv-pode-causar-milhoes-de-mortes/