
A desembargadora Tathiana de Carvalho Costa, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mandou a Polícia Federal (PF) explicar como estão as investigações pedidas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), sobre as acusações de que a prefeita reeleita de São João da Barra, Carla Caputi (União), teria distribuído benefícios financeiros para coagir eleitores a votarem em candidatos de sua base aliada nas eleições de 2024.
Em decisão na última sexta-feira (4), a desembargadora questionou a PF pelo fato da instituição não ter cumprido o prazo de 90 dias dado pelo TRE e pelo MPE para conclusão das diligências sobre o caso. “Tendo em vista o decurso dos 90 dias concedidos sem qualquer manifestação, notifique-se a Autoridade Policial para que informe as razões para o descumprimento do prazo”, afirmou a desembargadora no despacho.
O inquérito criminal para apurar as denúncias foi instaurado pelo TRE em novembro, por decisão do desembargador Fernando Cabral, a pedido do MPE, após o órgão ter recebido denúncia anônima de compras de votos pela prefeita. O esquema envolveria a distribuição de 4.000 cartões com valor individual de R$ 650, além da contratação, através de empresas terceirizadas, de pessoas “além do necessário na rede escolar”. As vagas teriam sido distribuídas “aos vereadores da situação”.
A prefeita nega as acusações. Carla Caputi foi reeleita em 2024 com 77,76% dos votos da cidade. Em segundo lugar ficou Danilo Barreto (Novo), com 22,24 $ dos votos válidos.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/tre-questiona-policia-federal-sobre-atraso-em-investigacao-contra-carla-caputi-prefeita-de-sao-joao-da-barra/