19 de abril de 2025
Inflação no Rio: ovo, café e tomate têm aumento de
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, divulgado nesta sexta-feira (11) pelo IBGE, apontou uma inflação de 0,56% no país. No Rio de Janeiro, a taxa foi ligeiramente inferior, atingindo 0,53%. Apesar da desaceleração em relação à média nacional, os alimentos continuaram sendo os principais vilões da inflação fluminense.

Entre os produtos que mais impactaram o orçamento das famílias cariocas estão o tomate, o ovo e o café — todos com aumentos acima da média registrada no restante do país. O tomate, por exemplo, apresentou uma elevação expressiva de 30% somente em março no estado. Já o preço do ovo subiu 14% no mesmo período.

A alta nos preços tem sido sentida diretamente pelos consumidores. “Tá caro! R$ 12 tá caro. Tudo tá caro”, desabafou a dona de casa Maria de Lurdes Cerqueira enquanto fazia compras na feira. A queixa é compartilhada por outros consumidores. “Tá puxado. R$ 15 o ovo caipira. Tá puxado, sim”, afirmou Maria Alice Geli, também moradora do Rio.

Para enfrentar esse cenário, muitas pessoas têm adotado estratégias para economizar. Táticas como pesquisar preços, aproveitar promoções e escolher o melhor dia para comprar vêm sendo fundamentais para manter as compras dentro do orçamento. “Tem que saber onde e como comprar. Tem o dia da feirinha no mercado”, contou Ednice Ferreira, empregada doméstica. Sandra, outra consumidora, reforçou a importância de planejar antes de gastar: “Não é assim, só chegar e comprar. A gente tem que ver, porque as coisas tá muito caro”.

A pressão sobre os preços dos alimentos tem explicações climáticas e sazonais. Segundo o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), o grupo de alimentos e bebidas foi responsável por mais da metade da inflação registrada em março no estado. “Alimentos in natura são mais sensíveis a variações do clima. O aumento no preço do tomate, por exemplo, está ligado a essas mudanças. Mas é provável que ele tenha queda nos próximos meses, com a chegada do outono e condições mais favoráveis para a colheita”, explicou Braz.

Por outro lado, produtos como o café, que têm ciclos de produção mais longos, devem continuar pressionando o índice de preços por mais tempo. “É mais difícil prever quando esses preços vão recuar, pois dependem de safras mais demoradas”, completou o economista.

Com informações do g1.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/inflacao-no-rio-ovo-cafe-e-tomate-tem-aumento-de-preco-acima-da-media-nacional-segundo-o-ibge/