O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (13) que a isenção concedida a smartphones, laptops e outros eletrônicos do pacote de tarifas impostas à China é apenas temporária. Segundo ele, os itens foram realocados para uma nova categoria tarifária e seguirão sendo tributados de outra forma em breve.
Na última sexta-feira, o governo estadunidense anunciou a exclusão desses produtos das chamadas “tarifas recíprocas”, que previam alíquota de 145% sobre itens chineses. A medida beneficiou diretamente gigantes da tecnologia como Apple, Nvidia e Dell, que dependem da produção asiática, especialmente em território chinês.
“Esses produtos [chineses] estão sujeitos às tarifas de 20% sobre o fentanil existentes e estão apenas mudando para um ‘balde’ tarifário diferente. A mídia falsa sabe disso, mas se recusa a relatar”, declarou Trump.
O presidente também reforçou sua defesa da produção nacional. “O que foi exposto é que precisamos fabricar produtos nos Estados Unidos e que não seremos reféns de outros países, especialmente nações comerciais hostis como a China”, afirmou.
As isenções foram interpretadas como um alívio para o mercado e consumidores, já que eletrônicos respondem por uma fatia relevante das importações estadunidenses. Em 2024, os EUA importaram US$ 41,7 bilhões em smartphones e US$ 33,1 bilhões em laptops da China, segundo o US Census Bureau.
Ainda assim, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, reforçou que a trégua é passageira. “Eles estarão isentos das tarifas recíprocas, mas estarão inclusos nas tarifas de semicondutores, que estão por vir daqui a provavelmente um ou dois meses”, explicou.
A China reagiu com cautela, chamando a medida de “pequeno passo”. Em comunicado, o Ministério do Comércio instou os EUA a “corrigir seus erros” e “eliminar completamente a prática errônea de tarifas recíprocas”.
Enquanto isso, empresas como a Apple aceleram estratégias para contornar as barreiras. A gigante de tecnologia aumentou embarques da Índia e chegou a fretar aviões para transportar 1,5 milhão de iPhones aos EUA, buscando escapar da alíquota mais elevada aplicada à China.
Com informações do g1.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/trump-nega-isencao-geral-e-diz-que-as-tarifas-sobre-o-setor-de-eletronicos-seguirao-sob-analise/
