16 de abril de 2025
Desconfiada, Michelle preferiu que Bolsonaro fosse operado por outro médico
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A escolha por realizar em Brasília a mais recente cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro, e não em São Paulo, surpreendeu aliados e observadores. Desde a facada que sofreu em 2018, todos os procedimentos anteriores — cinco ao todo — haviam sido conduzidos na capital paulista pelo cirurgião Antonio Luiz de Macedo. A mudança de planos, no entanto, tem uma razão pessoal: a primeira-dama Michelle Bolsonaro, segundo Malu Gaspar, em O Globo.

Segundo interlocutores próximos ao casal, Michelle optou por não repetir a ida ao hospital em São Paulo devido à ligação com a morte da deputada Amália Barros (PL-MT), amiga pessoal e correligionária da primeira-dama. Amália foi operada por Macedo em 2023 para retirada de um nódulo benigno no pâncreas, mas sofreu complicações raras — hemorragia no fígado — e acabou falecendo após múltiplas tentativas de reverter o quadro.

“Não é nada pessoal contra o doutor Macedo, mas ela resolveu fazer uma tentativa com outro médico”, afirmou um aliado de Michelle, sob condição de anonimato.

A sexta cirurgia de Bolsonaro foi realizada neste domingo (13), no Hospital DF Star, em Brasília, sob coordenação do cirurgião Claudio Birolini. O procedimento, que durou cerca de doze horas, teve como objetivo tratar complicações intestinais decorrentes das sequelas da facada. De acordo com aliados, a expectativa é de que esta seja a intervenção definitiva.

“A ideia é que essa seja a cirurgia definitiva”, disse um auxiliar do ex-presidente.

Apesar do otimismo, os médicos alertaram a família sobre a complexidade do caso. A recuperação será lenta e Bolsonaro deverá permanecer internado por, no mínimo, quatro semanas.

O ex-presidente passou mal na última sexta-feira (12), enquanto participava de um evento no Rio Grande do Norte. Após apresentar sintomas de obstrução intestinal, foi transferido para Brasília no sábado, onde foi operado no dia seguinte.

Nos bastidores políticos, aliados de Bolsonaro pretendem usar o momento para criticar o “represamento” de mais de mil requerimentos de urgência na Câmara dos Deputados, que estariam travando a votação do projeto de lei do PL, partido do ex-presidente. A operação, portanto, reacende não apenas as preocupações com a saúde de Bolsonaro, mas também as tensões no tabuleiro político nacional.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/desconfiada-michelle-preferiu-que-bolsonaro-fosse-operado-por-outro-medico/