16 de abril de 2025
Ocupação de escritórios em São Paulo atinge maior nível desde
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A taxa de vacância dos escritórios corporativos em São Paulo atingiu o nível mais baixo desde o início da pandemia, segundo reportagem publicada pelo blog do jornalista Lauro Jardim, em O Globo. No primeiro trimestre de 2025, a ocupação no mercado paulistano avançou, consolidando uma tendência de recuperação que se fortalece desde 2023. Já no Rio de Janeiro, o panorama permanece estável, sem grandes avanços ou recuos.

O levantamento, que considera os principais edifícios comerciais das duas capitais, indica que a recuperação econômica, aliada à consolidação de modelos híbridos e à reorganização dos espaços corporativos, tem impulsionado a retomada da demanda por lajes em São Paulo. A capital paulista registrou o menor índice de vacância desde 2020, quando a crise sanitária provocada pela Covid-19 forçou empresas a adotarem o trabalho remoto e a reverem seus custos com infraestrutura física.

Enquanto isso, no Rio, a ocupação segue praticamente inalterada, reflexo de uma retomada mais lenta e de um mercado que ainda busca se reestruturar após anos de retração. Analistas do setor avaliam que o cenário carioca é impactado por uma combinação de fatores, como menor dinamismo econômico local e desafios estruturais, incluindo segurança e mobilidade.

A pesquisa repercute entre especialistas do setor imobiliário corporativo como um sinal positivo para o mercado de São Paulo, que lidera a recuperação nacional. Segundo eles, o avanço da ocupação reforça a atratividade da cidade para novos negócios e amplia a confiança de investidores no segmento de escritórios de alto padrão.

Além disso, a diversificação no uso dos espaços comerciais e a modernização de edifícios têm contribuído para a valorização de ativos e para o retorno gradual de empresas aos centros financeiros tradicionais, como a Avenida Faria Lima e a região da Berrini.

Com a tendência de crescimento mantida nos primeiros meses de 2025, o setor observa com otimismo a possibilidade de novos investimentos, especialmente em edifícios com foco em sustentabilidade e tecnologia, considerados hoje diferenciais estratégicos no competitivo mercado de escritórios.

No Rio, por sua vez, o desafio segue sendo reverter a estagnação. Fontes do setor apontam que, sem políticas públicas que incentivem a atração de empresas e a renovação do parque imobiliário corporativo, o cenário carioca pode continuar patinando em meio à recuperação que já se consolida em outras capitais.

A expectativa para os próximos trimestres é que São Paulo mantenha sua trajetória de recuperação, enquanto o Rio de Janeiro precisará de maior articulação entre iniciativa privada e poder público para destravar seu potencial imobiliário.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/ocupacao-de-escritorios-em-sao-paulo-atinge-maior-nivel-desde-2020-no-rio-de-janeiro-estabilidade-marca-o-cenario/