
Não sei se vocês já viram, mas bebês cabeludos estão entre as coisas mais fofas do mundo. A velocidade de crescimento do fio muda de criança para criança, e depende bastante de condições genéticas.
O que não é normal é o crescimento de pelos em áreas do corpo onde isso não deveria acontecer. A hipertricose é uma condição que ficou popularmente conhecida como “síndrome do Lobisomem“.
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Especialistas estimam que ela atinge cerca de 1 pessoa a cada 1 bilhão de nascimentos. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, porém, esses casos vêm aumentando – e a culpa seria de um remédio. Ou melhor, do uso sem cuidado de um medicamento.
Em alerta emitido nesta semana, a Anvisa relata um crescimento acima da média das ocorrências em países da Europa. O motivo? A exposição de crianças ao Minoxidil.
Se você não ligou o nome ao produto, ele é o fármaco utilizado no tratamento de queda de cabelo ou da chamada alopecia androgênica. Sim, a famosa calvície hereditária.
O que estaria acontecendo?
- Num primeiro momento, a principal dúvida foi: por que houve esse boom de hipertricose em bebês?
- Seria uma onda de mutações genéticas?
- Seriam famílias querendo ter bebês cabeludos?
- Ao investigar o caso a fundo, os especialistas perceberam que os episódios ocorriam sempre em casas onde os pais utilizam o Minoxidil.
- Uso por uma questão de vaidade – e aqui não julgo ninguém, pois também sou vaidoso.
- O problema é a manipulação descuidada do medicamento.
- Por ser extremamente potente, o simples contato com a pele pode levar ao crescimento de pelos.
- Daí nasceu o alerta da Anvisa.
- Se o pai aplica o remédio no couro cabeludo e não lava a mão direito depois, ele pode passar o medicamento no bebê.
- Ou ainda: o pai aplica o Minoxidil e pega o bebê no colo – a criança, então passa a mão na cabeça do pai e depois no próprio corpo.
- Como estamos falando de organismos extremamente delicados, o remédio tem um efeito quase imediato – e poderoso.
O que fazer em casos como esse
De acordo com a Anvisa, pacientes que utilizam Minoxidil e têm contato frequente com crianças devem procurar um médico imediatamente caso percebam um crescimento excessivo de pelos nos bebês. Na Europa, o crescimento dos pelos se normalizou após alguns meses da suspensão do contato com o medicamento.
Em caso de eventos adversos, a orientação é notificar o chamado VigiMed, um sistema que concentra dados de efeitos secundários de remédios. Dados que podem ser compartilhados depois com outros países (como aconteceu nesse episódio europeu).

No mais, a agência solicitou aos detentores do registro desses medicamentos que incluam nas bulas o risco de hipertricose em bebês após exposição tópica acidental ao Minoxidil.
Além disso, a Anvisa recomenda aos profissionais de saúde que eles devem orientar os pacientes a evitar que crianças tenham contato com as áreas onde o medicamento foi aplicado. E a ordem sempre é lavar bem as mãos após a aplicação.
Você pode ler o alerta da Anvisa na íntegra no site da própria agência.
O post Bebê peludo? Anvisa faz importante alerta sobre medicamento apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/04/18/medicina-e-saude/bebe-peludo-anvisa-faz-importante-alerta-sobre-medicamento/