
Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira (21), o mundo católico volta os olhos para o Vaticano, onde o Colégio de Cardeais se prepara para a eleição do novo líder da Igreja. Entre os possíveis sucessores, oito cardeais brasileiros estão em evidência — todos membros do Colégio Cardinalício e, com menos de 80 anos, aptos a votar e também a serem eleitos.
Dois nomes em especial têm atraído a atenção de observadores e vaticanistas: Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, e Dom Odilo Scherer, da Arquidiocese de São Paulo. Ambos acumulam experiência internacional e sólida formação teológica e filosófica.
Dom Paulo Cezar, carioca de Valença e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, foi nomeado cardeal em 2022 e lidera a arquidiocese da capital federal desde 2020. Já Dom Odilo, cardeal desde 2007, segue no comando da maior arquidiocese do país, mesmo após ter completado 75 anos, idade prevista para a renúncia. A pedido de Francisco, ele permanece no cargo até 2025.
Outro nome influente é Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e atual presidente da CNBB. Com formação em filosofia em Roma e teologia em Jerusalém, foi também recentemente nomeado cardeal. Dom Sergio da Rocha, hoje à frente da Arquidiocese de Salvador, também é lembrado: tornou-se cardeal em 2016 e carrega o título simbólico de primaz do Brasil.
Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro e cardeal desde 2014, tem trajetória marcada por sua formação monástica e presença constante em pautas sociais e religiosas. Já Dom Leonardo Ulrich Steiner, cardeal desde 2022, é o atual arcebispo de Manaus e se destaca pelo trabalho na Amazônia, aliado à sua formação doutoral em filosofia, feita em Roma.
Completam a lista Dom João Braz de Aviz, 77 anos, ex-arcebispo de Brasília e ainda ativo no Vaticano como membro da Cúria Romana, e Dom Raymundo Damasceno Assis, com 88 anos — idade que o impede de votar, mas não de ser eleito, segundo o direito canônico.
A sucessão papal ocorrerá por meio de um conclave, cerimônia realizada na Capela Sistina, no Vaticano. O processo começa de 15 a 20 dias após a morte do pontífice e é conduzido sob total sigilo. Somente cardeais com menos de 80 anos podem votar — o que atualmente limita o número de eleitores a 120. O eleito precisa obter ao menos dois terços dos votos. Ao fim de cada votação, a cor da fumaça que sobe da Capela Sistina revela ao mundo se houve ou não consenso: preta, para indecisão; branca, para a eleição de um novo Papa.
Fonte: https://oimparcial.com.br/cidades/2025/04/saiba-quem-sao-os-cardeais-brasileiros-que-podem-concorrer-ao-conclave/