Antes de se tornar o centro de uma operação da Polícia Federal, Alessandro Stefanutto era considerado uma das principais apostas do PDT para as eleições de 2026. O partido planejava lançá-lo como candidato a deputado federal por São Paulo, apostando em sua visibilidade à frente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como trunfo eleitoral.
As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo. Stefanutto foi afastado da presidência do INSS na quarta-feira (23), após a deflagração de uma operação conjunta da Polícia Federal com a Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação apura um esquema nacional de descontos não autorizados, feitos por associações, diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas.
Ex-filiado ao PSB, Stefanutto ingressou no PDT em fevereiro deste ano, mesma legenda do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que ocupa uma das cadeiras da Executiva Nacional do partido. O agora ex-presidente do INSS chegou a participar de reuniões da cúpula pedetista, em uma tentativa de se integrar à legenda e construir sua candidatura.
A ideia do partido era apresentar Stefanutto como um gestor moderno, que teria promovido avanços tecnológicos no INSS e atuado no combate a fraudes. No entanto, sua gestão também ficou marcada por uma crescente fila de espera para a concessão de benefícios, que hoje ultrapassa 2 milhões de pedidos.
O afastamento foi determinado por omissão nas irregularidades associadas à aplicação de descontos de mensalidades associativas nos benefícios previdenciários, sem autorização dos segurados. Apesar disso, integrantes do PDT afirmam que ainda não descartam sua candidatura em 2026 — mas condicionam essa possibilidade à comprovação de sua inocência até lá.
Com a repercussão negativa do caso, a legenda agora avalia o impacto político da crise e as estratégias a serem adotadas para a próxima disputa eleitoral.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/pdt-via-em-stefanutto-aposta-para-2026-antes-de-afastamento-do-inss/
