
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), posicionou-se publicamente contra a possível adoção da cor vermelha no uniforme número 2 da seleção brasileira de futebol. A reação do parlamentar foi publicada em suas redes sociais, onde aparece vestindo a tradicional camisa azul, em contraponto à proposta veiculada pelo site Footy Headlines, especializado em vazamentos de uniformes esportivos.
Segundo o site inglês, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estaria preparando um uniforme alternativo vermelho para a Copa do Mundo de 2026 — o que representaria uma ruptura inédita com as cores até hoje utilizadas oficialmente pela equipe nacional: amarelo, verde, azul e branco, todas presentes na bandeira do Brasil.
“Eu respeito quem gosta de qualquer cor, não tenho preconceito com nenhuma. Mas camisa número 2 da Seleção Brasileira, pra mim, continua sendo essa daí”, escreveu Motta ao compartilhar sua foto usando o uniforme azul. A declaração ecoa críticas feitas por outros parlamentares da oposição, que associam a nova cor ao Partido dos Trabalhadores (PT), legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também repudiou a possibilidade de adoção da nova tonalidade. Em publicação nas redes sociais, escreveu: “Quero acreditar que isso não é verdade! A camisa da Seleção sempre foi um símbolo da nossa identidade nacional, do nosso orgulho e das nossas raízes. Sempre foi verde e amarela, as cores da nossa pátria. Mudar isso não faz qualquer sentido. É uma afronta a tudo o que sempre representou o orgulho do nosso povo!”.
A discussão ultrapassou o debate esportivo e assumiu contornos políticos, num momento de forte polarização nacional. Embora a CBF ainda não tenha se manifestado oficialmente sobre o novo modelo, a repercussão da notícia já mobiliza setores conservadores do Congresso Nacional, que veem na mudança uma tentativa de “politizar” um dos maiores símbolos de identidade brasileira.
A adoção da cor vermelha no uniforme alternativo da seleção já havia sido cogitada por designers e observadores do mercado esportivo, mas, caso se confirme, será a primeira vez que o Brasil jogará com um traje que não remete diretamente às cores nacionais estabelecidas. A repercussão indica que, no país do futebol, até mesmo as tonalidades de uma camisa podem se transformar em arenas de disputa política e ideológica.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/presidente-da-camara-critica-possivel-camisa-vermelha-da-selecao-e-defende-cor-azul/