3 de maio de 2025
Petrobras retoma obras estratégicas no Rio e em Pernambuco e
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A Petrobras avança na retomada de dois dos mais importantes empreendimentos da sua história: a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o antigo Comperj, agora batizado de Complexo de Energias Boaventura, no Rio de Janeiro. Após anos de paralisação, os projetos voltam ao centro da estratégia da estatal com apoio direto do governo federal e expectativa de forte impacto na economia e na geração de empregos.

A reativação das obras marca um novo momento para o setor de refino no Brasil, com foco em ampliar a produção nacional de combustíveis e reduzir a dependência de importações. Somados, os contratos em andamento já envolvem R$ 18,9 bilhões em investimentos.

Na Refinaria Abreu e Lima, a Petrobras concluiu licitações para três pacotes de obras, com valor total de R$ 4,9 bilhões. A expectativa é duplicar a capacidade atual de 130 mil para 260 mil barris por dia, elevando a autonomia do país no processamento de petróleo. A Consag, do grupo Andrade Gutierrez, venceu os três lotes por oferecer os maiores descontos, em um processo conduzido com critérios de máxima competitividade.

A retomada da refinaria, paralisada após investigações da Lava Jato, é vista como essencial pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou do relançamento das obras em janeiro de 2024. A iniciativa também foi endossada por técnicos da Petrobras, que avaliaram ser mais vantajoso concluir o projeto do que deixá-lo inacabado. “É uma obra robusta, com potencial para garantir retorno significativo ao país”, afirmou a estatal na ocasião.

O projeto é simbólico por representar não apenas a recuperação de um investimento estratégico, mas também o esforço do governo para reconstruir a capacidade industrial da Petrobras com responsabilidade e transparência.

No Complexo de Energias Boaventura, no município de Itaboraí (RJ), a Petrobras recebeu propostas para seis pacotes de obras, com valor total estimado em R$ 14 bilhões. Os contratos devem ser firmados após a negociação final com três consórcios habilitados, formados por empresas com experiência no setor e com acordos de conformidade firmados após a Lava Jato.

Com previsão de início das operações em 2028, o novo complexo terá capacidade para produzir diariamente 75 mil barris de diesel, 20 mil de querosene de aviação e 12 mil de óleos lubrificantes. A iniciativa reflete o novo posicionamento estratégico da Petrobras, voltado para a segurança energética nacional e a valorização de cadeias produtivas locais.

A obra foi reavaliada e aprovada pela Petrobras em novembro de 2023, ainda durante a gestão de Jean Paul Prates. No governo anterior, o projeto havia sido reduzido a uma unidade de gás. Com a mudança de gestão, voltou a ocupar papel central na política industrial do país.

Outro destaque é o potencial de geração de empregos. Só no complexo fluminense, a Petrobras estima a criação de cerca de 10 mil postos de trabalho diretos e indiretos, com mobilizações já previstas para o fim deste ano.

O governo federal aposta na força dos grandes projetos de infraestrutura para impulsionar o crescimento econômico e reaquecer o mercado de trabalho.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/petrobras-retoma-obras-estrategicas-de-abreu-e-lima-e-comperj-e-projeta-nova-era-para-o-refino-no-brasil/