
Nesta terça-feira (6), a bancada do PDT na Câmara dos Deputados anunciou que irá deixar a base aliada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A medida foi decidida quatro dias após o pedido de demissão do presidente da sigla, Carlos Lupi, do Ministério da Previdência. A saída de Lupi ( consequência de investigações sobre descontos indevidos em benefícios pagos pelo INSS) e a nomeação do ex-deputado Wolney Queiroz (PDT) para ocupar o cargo causaram insatisfação entre os parlamentares pedetistas.
Durante entrevista coletiva na liderança do partido, o deputado federal Mario Heringer (MG), líder da bancada na Casa, garantiu a decisão e destacou que ela foi tomada de forma conjunta e transparente.
“Essa é uma decisão da bancada do PDT na Câmara, não é do Congresso, fique bem claro isso. E que foi tomada na presença do presidente do partido (Lupi). Ela não passou ainda pela Executiva Nacional, mas o presidente do partido estava junto. E todos nós fazemos parte da Executiva Nacional”, justificou.
O deputado ressaltou que a ação de discutir a posição do partido partiu dele, no entanto negou qualquer forma de imposição. “A iniciativa foi minha, porque durante esse período todo […] fui eu. Mas eu não sou o dono da bancada. Eu ajo conforme as diretrizes que recebo da bancada. Eu não dou ordens”, disse.
Mesmo diante do rompimento com a base governista, Heringer frisou que o PDT não se colocará na oposição ao governo Lula. “Não entramos em caminho de vingança, gente, fiquem calmos. Não há qualquer posição de vingança. Nossa posição é de independência, tá?”, afirmou o depultado, buscando frear rumores de retaliação política.
De acordo com o parlamentar, a exoneração de Carlos Lupi foi incentivada por desgaste pessoal e injustiças sofridas no passado. “O Lupi foi a pessoa mais atingida por esse problema. Ele cansou dessa batalha e pediu para sair. É difícil você ter mulher, filho, amigos, e de uma hora para outra virar ‘ladrão de 6 bilhões’”, expressou.
Além disso, Heringer elogiou a postura do ex-ministro diante das acusações. “Ele se comportou maravilhosamente bem, na minha opinião. Escutou os ataques, os comentários mais estriônicos possíveis”, concluiu o deputado.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/05/pdt-abandona-base-aliada-do-governo-lula-e-adota-posicao-independente/