7 de julho de 2025
Alckmin defende busca de cooperação com EUA em meio à
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou nesta terça-feira (6) de um almoço promovido pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), em Brasília. A ocasião teve como objetivo discutir os impactos enfrentados atualmente diante da guerra tarifária sobre o comércio brasileiro. Durante o encontro com parlamentares, e representantes do setor produtivo, Alckmin fez um apelo pelo diálogo e pela busca de oportunidades de cooperação com os Estados Unidos, ao contrário de medidas unilaterais de retaliação.

Ao contrário do que acontece com outras nações, Alckmin destacou que o Brasil mantém um equilíbrio em sua balança comercial e não representa ameaça às economias de outros países. “No Brasil não há déficit, pelo contrário. Os Estados Unidos têm superávit na balança comercial, ele tem um superávit na balança de serviços de perto de 18 bilhões de dólares no ano passado e 7 bilhões de dólares em bens, então ele tem superávit de praticamente 25 bilhões de dólares”, disse.

De acordo com o ministro, os EUA mantêm tarifas muito baixas sobre os produtos exportados ao Brasil. “Depois dos 10 produtos que eles mais exportam para nós, dos 10 produtos que eles mais exportam, 8, a tarifa é zero, não paga imposto de importação, é zero. E quando a gente pega o total das exportações estadunidenses para o Brasil, a tarifa média final é 2,7%”, afirmou.

Como resposta ao aumento de tarifas estabelecido pelos EUA sobre o aço e o alumínio brasileiros, Alckmin recordou que o Brasil optou por uma postura moderada. “Quando foi anunciado o aumento das alíquotas, o Brasil ficou na menor tarifa de 10%. Era a turma dos 10, dos 30, dos 50 até 150. Nós ficamos nos 10%”, ressaltou.

O vice-presidente reforçou que o Brasil está aberto à negociação e enfatizou a defesa do livre comércio como plano de crescimento mútuo. “A disposição do Brasil é negociação. É ganha, ganha. Comércio exterior é ganha, ganha. Eu sou mais eficiente numa área, eu te vendo. Você é mais eficiente na outra, eu compro”, destacou.

Além destes pontos, Alckmin também apontou o setor siderúrgico como exemplo de integração entre as economias de ambas nações. “Nós somos o terceiro comprador do aço siderúrgico americano, terceiro comprador. O Brasil faz o semi elaborado e exporta para os Estados Unidos, que faz lá o elaborado, então faz a máquina, o automóvel, então uma complementariedade econômica que é importante”, justificou.

Diante disso, o vice-presidente ressaltou o papel estratégico da relação comercial com os EUA, especialmente em relação às exportações brasileiras de produtos de maior valor agregado. “Para os Estados Unidos nós exportamos muito valor agregado, avião, autopeças, máquina, retroescavadeiras, produto de valor agregado e industrial”, afirmou. “É importante essa relação com os Estados Unidos, que é o que a gente tem procurado atuar, mostrando que com o Brasil não há nenhum déficit, Brasil não é problema, que teremos oportunidades de complementariedade econômica em outras áreas, defender o livre comércio”, finalizou.

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/05/alckmin-defende-busca-de-cooperacao-com-eua-em-meio-a-guerra-tarifaria/