19 de julho de 2025
Conheça histórias de maranhenses beneficiados pelo turismo
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O turismo é um gerador de oportunidades de trabalho e renda. Abrange diversas atividades, desde hotéis e restaurantes até agências de viagem, transporte e comércio de artesanato local. Cada um desses segmentos demanda mão de obra e produz receita para indivíduos. Por isso, no município de Barreirinhas/MA, onde a indústria do turismo é fundamental para a economia, não é incomum conhecer pessoas cujas trajetórias foram impactadas positivamente pela vocação turística da região dos Lençóis Maranhenses.

É o caso de Carlos Magno Sousa, de 33 anos, que nasceu em Barra do Corda/MA, mas mora no vilarejo de Atins, em Barreirinhas/MA, desde os 7 anos de idade. Antes de o turismo se intensificar na vila, ele não tinha emprego fixo. Vivia da pesca e de trabalhos na construção civil como ajudante de pedreiro. Há mais de 10 anos, conseguiu seu primeiro emprego na hotelaria em uma pousada do vilarejo, onde passou por diversas áreas, de garçom à chefia do setor de manutenção. Em 2021, migrou para o hotel Vila Aty já como líder de manutenção e, atualmente, responde por uma equipe de 6 pessoas.

“A Vila Aty me deu essa oportunidade de ir conquistando mais conhecimento. Com o crescimento da estrutura do hotel, trabalhei com pessoas especializadas e tive uma evolução profissional muito grande adquirindo uma experiência maior”, contou Sousa. A reta final das obras de expansão da hospedagem, que dobrou o número de quartos em 2023, foi desafiadora para ele, mas também contribuiu para o seu aperfeiçoamento. “Todo mundo ali teve que se reinventar. Ver a obra evoluir rápido em pouco tempo foi significante para mim”, relembrou.

Carlos Magno Sousa (Foto: Divulgação)

Silmária Reis também progrediu profissionalmente no setor hoteleiro de Atins. Natural de Barreirinhas/MA, trabalhou durante nove anos em uma panificadora da cidade e, nos últimos seis, tem atuado na área de atendimento de hospedagens do vilarejo. Pouco mais de um mês após ser admitida no Vila Aty, ela foi promovida a líder de atendimento do restaurante do hotel, o Okarú. As atribuições do novo cargo exigiram bastante de Silmária, especialmente no início, mas essa adaptação foi importante para o seu crescimento. “Estou me redescobrindo”, refletiu.

A vivência no turismo ampliou ainda sua visão de mundo por possibilitar um contato mais próximo com pessoas de diferentes lugares, que possuem culturas e histórias de vida distintas. Outro ganho foi assimilar o básico de idiomas como inglês, francês e espanhol para conseguir se comunicar com turistas de outras nacionalidades: “Não há um diálogo perfeito, mas dá para compreender e responder”. Aulas de inglês oferecidas gratuitamente pelo hotel aos funcionários também estimulam o aprendizado de uma nova língua.

Além da participação em capacitações organizadas pela empresa, Carlos e Silmária consideram que o apoio da gerência e dos diretores do hotel nas tarefas cotidianas colabora para a boa execução do trabalho, inclusive as orientações transmitidas pelos gestores visando o aprimoramento de habilidades e qualidades de uma liderança eficaz. “Sempre me aconselharam. Às vezes eu tinha dúvida, mas sempre me ajudaram. Isso me fortaleceu bastante”, avaliou Carlos.

Empresários Saulo Prazeres e Jethro Raposo (Foto: Divulgação)

Mão de obra local — Falar de sustentabilidade tem se tornado cada dia mais comum em empresas de todos os tipos, especialmente nas de turismo, e o assunto vai além das questões ambientais, envolvendo também o aspecto social. Em lugares como Atins, povoado carente de melhorias em diversas áreas, a contratação de mão de obra local é uma forma de contribuir com a comunidade ao criar mais oportunidades de trabalho.

Para o empresário Jethro Raposo, um dos proprietários do Vila Aty, o hotel busca produzir impactos positivos na região, e isso passa pela responsabilidade social. “Cerca de 80% das pessoas que trabalham no Vila Aty são de Barreirinhas. Para isso, investimos bastante em treinamento e acompanhamento próximo, pois muitas vezes contratamos pessoas sem experiência ou capacitação prévia na função. Ter uma equipe nativa, além de reconhecer quem é da região, também favorece uma experiência de imersão na cultura local para os hóspedes”, afirmou o gestor.

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/05/conheca-historias-de-maranhenses-beneficiados-pelo-turismo/