
Nas últimas duas décadas, a educação no Maranhão passou por uma transformação profunda, embora muitas vezes silenciosa. A inserção de tecnologias digitais nos ambientes escolares, sobretudo em regiões urbanas e suburbanas, têm alterado metodologias, comportamentos e expectativas. Não se trata apenas de computadores ou internet — trata-se de uma nova lógica de ensino-aprendizagem, mediada por plataformas, aplicativos e redes digitais. É um movimento ainda desigual, com lacunas evidentes entre centros e periferias, mas inegavelmente presente.De acordo com dados do Censo Escolar de 2023, mais de 88% das escolas públicas maranhenses já possuem acesso à internet. No entanto, somente 38% delas afirmaram ter uma conexão estável e adequada para o uso pedagógico contínuo. A disparidade entre infraestrutura e prática pedagógica digital continua sendo um dos maiores gargalos.
As Aulas Online e o Desafio da Segurança Digital
Durante a pandemia de COVID-19, o Maranhão, como tantos outros estados brasileiros, foi forçado a implementar o ensino remoto. Surgiu então uma série de novas perguntas: como garantir que os alunos realmente participem das aulas? Como proteger sua privacidade em ambientes virtuais?
O tema da classificação online classroom safety passou a ocupar um lugar central nos debates sobre educação digital. Hackeamentos de videoconferências, vazamentos de dados e exposição indevida de menores foram apenas alguns dos problemas enfrentados. Em resposta, muitas escolas passaram a orientar alunos e professores sobre boas práticas digitais, como o uso de senhas fortes, autenticação em dois fatores e ferramentas de navegação seguras.
O tema da segurança da sala de aula online passou a ocupar um lugar central nos debates sobre a educação digital. Invasões de videoconferências, fugas de dados e exposição indevida de menores foram apenas alguns dos problemas enfrentados. Em resposta, muitas escolas começaram a orientar os alunos e os professores sobre as boas práticas digitais, como a utilização de palavras-passe fortes, a autenticação em dois fatores e as ferramentas de navegação segura.
Neste contexto, utilizamos VPNs (serviços virtuais privados) para nos ligarmos a universidades e educadores, mas ainda estamos em ascensão. Hoje, existem VPN para Mac, iPhone, Android e até Smart TV. Configurar uma VPN para Apple TV não é problema, com os fornecedores a fornecerem instruções. Embora nem todos ofereçam este suporte a dispositivos, a VeePN oferece. Pode ligar até 10 dispositivos diferentes a uma única conta.
Inclusão Digital: Uma Promessa Ainda Não Cumprida
Apesar dos avanços em conectividade, ainda existe uma barreira difícil de transpor: o acesso pleno e equitativo às tecnologias. Em comunidades ribeirinhas e áreas rurais do Maranhão, muitos alunos dependem de celulares emprestados ou sinal de internet intermitente para acompanhar atividades escolares. Isso cria um abismo entre o discurso oficial — de modernização e inovação — e a realidade concreta dos estudantes.
Uma pesquisa realizada em 2022 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostrou que 41% dos estudantes maranhenses em idade escolar vivem em domicílios sem acesso à internet banda larga. Ainda mais alarmante: cerca de 22% desses jovens não possuem qualquer tipo de acesso à internet em casa. Como pensar em ensino híbrido ou plataformas digitais para alunos que sequer conseguem carregar um vídeo no celular?
O Papel dos Professores na Nova Era Digital
Não basta instalar computadores ou fornecer tablets. A formação docente é o elemento-chave para transformar tecnologia em aprendizagem significativa. Muitos professores maranhenses ainda enfrentam dificuldades para utilizar ferramentas digitais com fluidez. E também aqui uma VPN gratuita pode ser útil, pois remove restrições regionais. E mais: há resistência. Uma parte dos educadores vê a tecnologia com desconfiança, como um obstáculo ao vínculo humano e ao processo tradicional de ensino.
Entretanto, há excelentes inspirações. Nas escolas de São Luís, por exemplo, projetos de gamificação e produção de podcasts escolares vêm sendo implementados com sucesso. Tais iniciativas provam que, com a devida formação e apoio técnico, os professores podem sim tornar-se protagonistas da inovação pedagógica.
Outro ponto importante: o professor também precisa sentir-se seguro em ambientes digitais. Muitos se relacionam com insegurança ao lidar com plataformas pouco familiares, o que afeta diretamente a qualidade do ensino. Ausência de uma política estadual robusta de formação docente digital contribui para essa fragilidade.
Caminhos e Possibilidades Futuras
O futuro da educação no Maranhão passa, inevitavelmente, pela consolidação de uma política tecnológica sólida, que considere as especificidades regionais. Não basta importar modelos de outras regiões do país — é preciso pensar soluções localizadas, ancoradas na realidade maranhense.
Algumas propostas viáveis incluem:
- Implantação de redes comunitárias de internet em regiões isoladas;
- Parcerias com universidades locais para formação continuada de professores em tecnologia educacional;
- Criação de uma cartilha estadual de segurança digital nas salas de aula online, voltada para professores, alunos e pais;
- Fomento a projetos escolares que utilizem tecnologia como meio de expressão cultural, especialmente nas comunidades quilombolas e indígenas.
É necessário um esforço coletivo: governo, escolas, sociedade civil e setor privado devem caminhar juntos. O desafio é imenso, mas os exemplos positivos — ainda que pontuais — demonstram que é possível reverter o quadro.
Muito Além dos Cabos e Telas
Falar sobre o impacto da tecnologia na educação maranhense é ir além dos equipamentos e da conexão à internet. É falar sobre desigualdade, formação, segurança e sobretudo sobre potencial humano. A tecnologia, por si só, não educa. Mas nas mãos certas, com o suporte adequado, pode ser um instrumento poderoso de transformação.
O Maranhão vive um momento de inflexão. Entre os avanços promissores e os desafios persistentes, o caminho mais sensato é aquele que prioriza o ser humano — o aluno, o professor, a comunidade. E que, ao mesmo tempo, investe em soluções tecnológicas que não deixem ninguém para trás.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/05/os-impactos-da-tecnologia-na-educacao-maranhense/