Maranhão integra Rede Sismográfica do Nordeste e fortalece monitoramento ambiental

O Maranhão agora faz parte da Rede Sismográfica do Nordeste do Brasil. A integração fortalece as atividades do Centro de Prevenção de Desastres Ambientais (CPDAm) da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), especialmente no monitoramento e prevenção de eventos ambientais extremos.

A nova estação sismográfica foi instalada no município de Estreito, no campus da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul), em parceria com o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN). A iniciativa conta com apoio de diversas instituições ligadas à vigilância sísmica, como o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDECMA), a Defesa Civil municipal e a própria Sema.

A articulação para trazer o equipamento ao estado começou em 2024, a partir de análises técnicas e estudos de viabilidade logística feitos pela Sema em parceria com o LabSis/UFRN. Após mapear a localização ideal, a secretaria firmou colaboração com a Uemasul, que cedeu espaço para a instalação do sismógrafo.

“A estação é um avanço importante para o monitoramento de eventos sísmicos no território maranhense, considerando o arcabouço geológico predominantemente sedimentar do estado”, destacou Caco Graça, supervisor de Emergências Ambientais da Sema.

Segundo ele, os dados gerados pelo sismógrafo serão integrados aos demais sistemas de acompanhamento de eventos extremos do CPDAm, contribuindo com a prevenção de desastres.

Sala de Situação permanente

O Centro de Prevenção de Desastres Ambientais funciona com uma Sala de Situação permanente, que realiza o monitoramento de diversos parâmetros ambientais. São produzidos e divulgados boletins diários, alertas, notas técnicas, informes meteorológicos, além de acompanhamento hidrológico, de áreas de risco geológico, monitoramento de secas e de focos de calor (queimadas), incluindo riscos decorrentes de produtos perigosos.

Com a chegada da estação sismográfica, o sistema será reforçado com dados em tempo real sobre possíveis tremores de terra, fornecendo informações mais precisas para as equipes da defesa civil e demais órgãos de resposta.

Rede nacional de monitoramento

A nova estação se integra à Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), que conta com cerca de 100 estações espalhadas pelo país. A missão da RSBR é monitorar a atividade sísmica no território nacional e gerar dados fundamentais para o entendimento da estrutura interna da Terra.

As informações captadas são transmitidas em tempo real, via satélite ou internet, e analisadas por especialistas em sismologia das instituições participantes.

Fonte: Governo do Maranhão