7 de julho de 2025
PIB cresce 1,4% e atinge nível recorde pelo 14º trimestre
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Com o aumento de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025, em relação ao trimestre anterior, a economia do país alcança um novo patamar recorde. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB brasileiro vem atingindo índices recordes consecutivos há 14 trimestres, ou seja, o quarto trimestre de 2021.

No primeiro trimestre de 2025, os setores da agropecuária e dos serviços também atingiram níveis recordes. Aliás, os serviços vêm alcançando recordes há 15 trimestres, ou seja, desde o terceiro trimestre de 2021. De acordo com a ótica da demanda, também atingiram patamares recordes o consumo do governo, consumo das famílias e exportações.

Por outra perspectiva, a indústria e investimentos estão distante de seus patamares recordes, ambos atingidos no ano de 2013. A formação bruta de capital fixo, por exemplo, está 6,7% abaixo do nível do segundo trimestre de 2013, enquanto a indústria está 4,7% inferior ao nível do terceiro trimestre daquele ano.

A indústria é a única das grandes três atividades econômicas que ainda está no patamar abaixo do pico”, destaca a pesquisadora do IBGE, Rebeca Palis.

Fatores

De acordo com o IBGE, o aumento do PIB do quarto trimestre de 2024 para o primeiro trimestre de 2025 foi puxado especialmente pelo desempenho da agropecuária, que teve crescimento de 12,2%.

A agro tem dois efeitos principais este ano: um é a questão climática que está favorável e a outra é que as colheitas que estão crescendo muito, como a soja, que é a nossa principal lavoura, está concentrada no primeiro semestre. A gente também tem o milho crescendo, o fumo, o arroz, várias colheitas que estão crescendo esse ano têm muita safra no primeiro semestre”, destaca Rebeca.

Os serviços, correspondentes a 70% da economia do país, também tiveram bom desempenho, com crescimento de 0,3% no trimestre em relação ao trimestre anterior, com destaque para as atividades de informação e comunicação (3%). Em relação a indústria, foi apresentada taxa negativa (-0,1%), por conta de resultados da construção (com queda de 0,8%) e da indústria da transformação (-1%).

Houve altas na totalidade dos componentes no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior: consumo das famílias (1%), formação bruta de capital fixo (3,1%), exportações (2,9%) e consumo do governo (0,1%).

Em relação ao consumo das famílias, a gente ainda tem fatores que prejudicam, como a inflação bem resiliente e a política monetária restritiva. Mas a gente continua tendo melhora no mercado de trabalho, continua tendo programas de transferência de renda do governo para as famílias e o crédito continua crescendo, apesar de estar mais caro, então são várias coisas contribuindo positivamente”, disse a pesquisadora. “Mas o consumo das famílias poderia ser mais alto se a gente não tivesse uma política monetária restritiva”, conclui.

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/05/pib-cresce-14-e-atinge-nivel-recorde-pelo-14o-trimestre-seguido/