18 de junho de 2025
IPC desacelera em maio e tem menor variação em quatro
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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo FGV Ibre, registrou desaceleração pela quarta semana consecutiva e fechou o mês de maio com variação de 0,34%, abaixo dos 0,52% observados em abril. No acumulado do ano, o indicador já soma alta de 2,52% e, em 12 meses, atinge 4,29%.

A principal contribuição para o arrefecimento da inflação veio do grupo Alimentação, cuja taxa de variação recuou de 0,72% na última quadrissemana de abril para 0,29% na quarta quadrissemana de maio. A queda nos preços de itens como tomate, arroz e ovos foi determinante para o alívio, surpreendendo inclusive analistas de mercado.

O movimento de desaceleração já havia sido captado pelo IPCA-15, considerado a prévia oficial da inflação. Na semana passada, o índice registrou alta de 0,36% — a menor para o mês de maio desde 2020, período marcado pelos impactos iniciais da pandemia. O resultado também refletiu a tendência de recuo nos preços de alimentos, que deve se manter ao longo dos próximos meses.

Economistas projetam que a maior oferta de produtos típicos do meio do ano contribuirá para manter os preços sob controle em junho e julho, reforçando o papel do setor alimentício como fator de alívio inflacionário.

Além de Alimentação, outros grupos que contribuíram para a desaceleração do IPC em maio foram Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,78% para 0,59%), Transportes (de 0,09% para 0,02%), Despesas Diversas (de 0,62% para 0,44%) e Educação, Leitura e Recreação (de -0,63% para -0,71%).

Por outro lado, alguns setores apresentaram aceleração no ritmo de alta. O grupo Habitação passou de 0,81% para 0,98%, puxado por reajustes em tarifas e serviços residenciais. Vestuário também avançou, de 0,39% para 0,56%, enquanto Comunicação reduziu o ritmo de deflação, passando de -0,50% para -0,34%.

Nesta segunda-feira (3), o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, trouxe uma leve revisão na estimativa de inflação para o ano, que passou de 5,50% para 5,46%. Apesar da redução, a projeção ainda está acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,50% para 2024, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

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Fonte: https://agendadopoder.com.br/ipc-desacelera-em-maio-e-tem-menor-variacao-em-quatro-meses/