20 de junho de 2025
Homem é novamente condenado a 17 anos de prisão por
Compartilhe:

O ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes, ordenou a prisão do mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, sentenciado a 17 anos de prisão por envolvimento na invasão ao Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Além de participar do ato, o condenado destruiu um relógio histórico do século 17. A decisão foi definida na noite de ontem (19).

O ministro revogou a liminar concedida pelo juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais (VEP) de Uberlândia, que concedeu regime semiaberto ao preso. Antônio Cláudio estava detido desde janeiro de 2023 e foi liberado na terça-feira (17).

Ao derrubar a liberdade concedida ao mecânico, o ministro afirma que o magistrado não tinha competência legal para conceder o benefício. De acordo com Moraes, o STF possui o poder exclusivo de decidir questões processuais relacionadas aos julgados pelos atos golpistas.

O juiz proferiu decisão fora do âmbito de sua competência, não havendo qualquer decisão desta Suprema Corte que tenha lhe atribuído a competência para qualquer medida a não ser a mera emissão do atestado de pena”, afirmou o ministro.

Moraes também disse que o mecânico ainda não possui direito à progressão de regime. “O réu é primário e foi condenado por crimes cometidos com violência e grave ameaça, de modo que a sua transferência para o regime semiaberto só poderia ser determinada – e exclusivamente por esta Suprema Corte – quando o preso tivesse cumprido ao menos 25% da pena“, completou.

Além disso, diante da decisã ilegal, o ministro também determinou uma investigação para apurar o juiz.

A postura do juiz de direito Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, deve, portanto, ser devidamente apurada pela autoridade policial no âmbito deste Supremo Tribunal Federal”, determinou.

Em 2024, o STF condenou Antônio a 17 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano do patrimônio tombado, dano qualificado e associação criminosa armada.

Ao decorrer da tramitação do processo, o réu prestou depoimento e alegou que esteve no Palácio do Planalto e danificou o relógio. Após os atos, o condenado fugiu para Uberlândia e foi preso pela Polícia Federal.

Feito pelo francês Balthazar Martinot, o relógio danificado pelo criminoso foi dado de presente ao imperador Dom João VI pela corte francesa no ano de 1808 e fazia parte do acervo da Presidência da República.

Leia também:

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/06/homem-e-condenado-a-17-anos-de-prisao-por-quebrar-relogio-historico-do-planalto/