
O Rio Grande do Sul enfrenta novamente os impactos de temporais que atingem o estado desde a última semana. De acordo com o mais recente boletim da Defesa Civil estadual, divulgado na manhã deste domingo (22), quase 7,3 mil pessoas precisaram deixar suas casas em decorrência das fortes chuvas.
Os dados apontam que, até o momento, são 5.958 desalojados — pessoas que buscaram abrigo temporário com amigos, parentes ou em hospedagens particulares — e 1.332 desabrigados, que foram levados para abrigos públicos ou de instituições assistenciais. O levantamento também confirma três mortes, além de uma pessoa desaparecida e um ferido.
Resgates e impactos das chuvas em cidades do RS
As equipes de resgate já atenderam 733 pessoas e salvaram 139 animais em diferentes regiões do estado. O governo também informa que 126 municípios enfrentam algum tipo de prejuízo causado pelas chuvas.
O município de Jaguari, localizado na região centro-oeste do estado, teve a situação de calamidade pública reconhecida. Outros 20 municípios estão em situação de emergência, incluindo localidades como Dona Francisca, Cerro Branco, Nova Palma, Cruzeiro do Sul e Montenegro, entre outros.
Níveis dos rios seguem elevados
As fortes chuvas elevaram o nível de diversos rios e lagos no Rio Grande do Sul, alguns atingindo cotas de inundação. De acordo com a Defesa Civil, há preocupação com o comportamento dos seguintes rios:
- Uruguai, entre São Borja e Uruguaiana, com tendência de lenta elevação;
- Sinos, estável em Campo Bom, mas com leve elevação em São Leopoldo;
- Ibirapuitã, em Alegrete, com tendência de lento declínio;
- Ibicuí, em Manoel Viana, segue estável;
- Jacuí, com declínio entre Cachoeira do Sul e São Jerônimo e estabilidade nas ilhas da região metropolitana de Porto Alegre;
- Caí, em Montenegro, com tendência de declínio.
Outros rios permanecem em alerta para cota de inundação, como o Guaíba, que segue com níveis elevados, embora sem expectativa de ultrapassar a cota do Cais Mauá ou do Gasômetro, na capital. Também estão sob monitoramento os rios Santa Maria, Caí, Gravataí, Taquari e Paranhana.
O relatório aponta ainda que o Rio Taquari, especialmente na região de Santa Tereza a Estrela e Lajeado, começa a retornar aos níveis de normalidade.
Rodovias têm bloqueios e interdições
A situação das rodovias no estado também preocupa. As chuvas causaram interdições totais e parciais em diferentes trechos, impactando diretamente o tráfego. O governo do estado mantém um mapa online com atualização em tempo real, que reúne informações das rodovias federais, estaduais e concedidas.

O monitoramento é feito pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).
Hospitais, atendimento de saúde, alertas e como acompanhar
O município de Paraíso do Sul segue com acesso interrompido ao Hospital Paraíso, localizado na Vila Paraíso. Em Rolante, quatro pacientes que foram transferidos da Fundação Hospitalar continuam internados no Hospital de Santo Antônio da Patrulha. No restante do estado, os hospitais operam normalmente, segundo informações do governo.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul mantém sistemas de alerta que podem ser acessados pela população. É possível se cadastrar pelo WhatsApp, enviando mensagem para o número (61) 2034-4611, ou por SMS, enviando o CEP da localidade para 40199. Assim, os usuários recebem notificações sempre que houver atualizações sobre riscos climáticos.

Em meio à situação, o governo estadual reforça a Campanha do Agasalho 2025, priorizando a arrecadação de cobertores, mantas, lençóis e toalhas de banho. As doações podem ser feitas nos postos da Defesa Civil, com o objetivo de ajudar as famílias afetadas pelas chuvas em todo o estado.
O post RS tem 7 mil fora de casa, 3 mortes e 126 cidades afetadas por chuvas apareceu primeiro em Olhar Digital.
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