25 de junho de 2025
Brics condena ataques a usinas nucleares no Irã e pede
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O grupo de países do Brics divulgou nesta terça-feira (24) uma nota conjunta condenando os ataques contra instalações nucleares do Irã, iniciados no último dia 13 de junho, e a escalada de violência no Oriente Médio. Segundo o comunicado, as ações “violam o direito internacional e a Carta das Nações Unidas” e colocam em risco a paz global.

“Expressamos profunda preocupação em relação a quaisquer ataques contra instalações nucleares de natureza pacífica realizados em violação ao direito internacional e às resoluções pertinentes da Agência Internacional de Energia Atômica”, diz o texto.

O bloco defendeu ainda que, mesmo em tempos de conflito, a segurança nuclear deve ser preservada e que a solução para os impasses deve passar por iniciativas diplomáticas.

O Brics também reiterou apoio à criação de uma zona livre de armas nucleares e de destruição em massa no Oriente Médio, conforme previsto em resoluções internacionais.

“Ressaltamos a necessidade urgente de romper o ciclo de violência e restaurar a paz”, afirma o comunicado. “Conclamamos todas as partes envolvidas a se engajarem em diálogo diplomático e na busca de soluções pacíficas.”

O Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e passou recentemente por uma ampliação, incluindo Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Além disso, o grupo conta com dez países parceiros: Belarus, Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Nigéria, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.


Entenda o conflito

O atual conflito teve início quando Israel acusou o Irã de estar prestes a produzir uma arma nuclear e lançou um ataque surpresa no dia 13 de junho. Em resposta, o Irã afirmou que seu programa nuclear tem fins pacíficos e que estava em negociação com os Estados Unidos para garantir o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

No sábado (21), os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. O Irã retaliou bombardeando a base militar norte-americana Al-Udeid, no Catar.

Apesar de a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) reconhecer que não há provas de que o Irã desenvolva armas nucleares, o país tem sido acusado de não cumprir plenamente suas obrigações. O Irã, por sua vez, afirma que sofre perseguição política por parte das potências ocidentais.

Fontes históricas indicam que Israel mantém um programa nuclear secreto desde a década de 1950, com pelo menos 90 ogivas atômicas.


Cessar-fogo anunciado, mas não cumprido

Na segunda-feira (23), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo de cessar-fogo entre Israel e Irã. No entanto, os combates continuaram.

O Irã negou ter aceitado oficialmente os termos, mas declarou que suspenderia temporariamente as hostilidades. Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que “a ameaça nuclear foi removida” e que Israel seguirá impedindo qualquer avanço do programa nuclear iraniano.

Fonte: AgênciaBrasil

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/06/brics-condena-ataques-a-usinas-nucleares-no-ira-e-pede-cessar-fogo-imediato-no-oriente-medio/