25 de junho de 2025
CEO da Anthropic crava: IA alucina menos que humanos
Compartilhe:

Um juiz federal dos EUA decidiu que o uso de livros pela Anthropic para treinar seu sistema de inteligência artificial Claude se enquadra como “uso justo” segundo a lei de direitos autorais americana. As informações são da Reuters.

A decisão, divulgada por William Alsup, juiz distrital de São Francisco, representa uma vitória importante para a indústria de IA, ao reconhecer que o treinamento com obras protegidas pode ser considerado legal quando o uso é transformador e voltado à inovação.

No entanto, Alsup também determinou que a cópia e o armazenamento de mais de 7 milhões de livros pirateados em uma “biblioteca central” pela empresa violam os direitos autorais dos autores Andrea Bartz, Charles Graeber e Kirk Wallace Johnson.

A questão dos danos será avaliada em julgamento marcado para dezembro.

Justiça dos EUA reconhece uso de livros por IA da Anthropic como “uso justo” (Imagem: gguy/Shutterstock)

Anthropic se defende

  • A Anthropic, apoiada por Amazon e Alphabet, argumenta que a lei americana incentiva esse tipo de uso, pois contribui para o avanço científico e da criatividade humana.
  • A empresa afirma que o Claude aprendeu com os livros sem replicá-los, mas sim para criar tecnologia inovadora.
  • A ação faz parte de uma série de processos movidos por autores e detentores de direitos autorais contra empresas como OpenAI, Meta e Microsoft, acusadas de usar conteúdos protegidos sem permissão em treinamentos de IA generativa.

Leia mais:

  • ChatGPT vs Claude.AI: qual IA é melhor?
  • Claude.AI: como usar inteligência artificial
  • Quais são as principais empresas de Inteligência Artificial do mundo
anthropic
Tribunal reconhece valor transformador no uso de obras literárias por modelos de linguagem, mas condena cópia não autorizada de milhões de livros – Imagem: Poetra.RH/Shutterstock

Origem do material não pode ser pirateada, diz juiz

Embora o juiz tenha reconhecido o valor transformador do uso pela Anthropic, ele criticou a justificativa da empresa de que a origem pirata do material seria irrelevante, questionando a legalidade de baixar obras de sites não autorizados quando havia meios legais de acesso.

A decisão é a primeira do tipo no contexto da IA generativa e pode influenciar o rumo de outras disputas judiciais sobre direitos autorais e uso de dados para treinar modelos de linguagem.

claude
Caso da Anthropic pode influenciar processos contra OpenAI, Meta e outras empresas acusadas de violar direitos autorais (Imagem: gguy / Shutterstock.com)

O post Anthropic é liberada para usar livros em treinamento, mas responde por pirataria apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/06/24/pro/anthropic-e-liberada-para-usar-livros-em-treinamento-mas-responde-por-pirataria/