Feirinha da Agricultura Familiar valoriza delícias do babaçu e fortalece renda de quebradeiras no Arraial de Santo Antônio

Mulheres extrativistas de diversas regiões do Maranhão apresentam sorvetes, biscoitos, doces e artesanato à base do coco babaçu no Centro Histórico de São Luís

Colorida, cheirosa e cheia de sabor, a Feirinha da Agricultura Familiar tem chamado atenção no Arraial de Santo Antônio, no Centro Histórico de São Luís, com a diversidade de produtos feitos a partir do coco babaçu. A ação integra o Programa Mais Renda Rural, coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), e segue até o dia 29 de junho, na Praça Antônio Lobo.

Com produtos vindos de municípios como Chapadinha, Itapecuru-Mirim, Rosário, Santa Inês e Bacabal, as quebradeiras de coco têm transformado o babaçu em pêtas, biscoitos, cocadas, doces, sorvetes, cafés e até leite condensado artesanal. O fruto, tradicional na cultura e economia do Maranhão, é fonte de sustento para milhares de famílias, especialmente lideradas por mulheres.

“É uma satisfação estar na feira para divulgar nosso trabalho. Já é nossa terceira participação aqui no Arraial Santo Antônio, e isso ajuda a expandir os produtos do babaçu. Aqui temos café, biscoitos veganos, pêtas e nosso sorvete de babaçu, que é um sucesso”, contou Maria Antônia, do Clube de Mães Lar de Maria, em Itapecuru-Mirim.

Do assentamento Canto do Ferreira, em Chapadinha, Gelsilene Henrique Guimarães representa um grupo com mais de 20 mulheres. Elas produzem biscoitos, café, azeite e pêtas a partir do mesocarpo do babaçu.

“A gente só tem a agradecer ao convite da SAF para estar presente na Feirinha. Nossa expectativa é vender bastante nesses dias”, afirmou Gelsilene.

Quem também participa é Nilma Lisboa, do quilombo Boa Vista, em Rosário. Ela integra um coletivo de 23 mulheres que produzem chips, cocadas, doces, leite condensado de babaçu e farinha.

“É muito importante esse espaço para que as pessoas conheçam o trabalho feito com o babaçu no nosso quilombo. Nos dividimos entre quebrar o coco e preparar os produtos, resultando nessas maravilhas que vocês encontram aqui na nossa barraca”, destacou Nilma.

O secretário da SAF, Bira do Pindaré, ressaltou o apoio às mulheres extrativistas do coco babaçu com políticas públicas que fortalecem, enaltecem e valorizam o papel dessas mulheres na economia dos municípios.

“As quebradeiras participam de várias ações da SAF como o Procaf e as feirinhas, que ajudam a divulgar os seus produtos e gerar renda. O babaçu é riqueza e vida do nosso Maranhão, e essas mulheres são protagonistas da economia local”, afirmou o secretário.

Além dos produtos, o espaço também é um ponto de resistência cultural e de visibilidade para os saberes tradicionais. Quem passar pela Feirinha da Agricultura Familiar até o dia 29 de junho poderá conferir de perto — e saborear — as criações das mulheres que fazem do babaçu um símbolo de luta, identidade e empreendedorismo no Maranhão.

Fonte: Governo do Maranhão