
Um protótipo desenvolvido por pesquisadores pode revolucionar o diagnóstico de doenças a partir da análise da respiração. Chamado de mecanismo de localização de biomarcadores aerotransportados (ABLE), ele funciona como uma espécie de “bafômetro”.
O dispositivo atua condensando moléculas transportadas pelo ar e transformando elas em gotículas líquidas concentradas. A ideia é que este processo sirva para detectar doenças detectando marcadores biológicos no ar que exalamos.
Resultados rápidos e com baixo custo
- Muitos testes de diagnóstico realizados atualmente requerem coletas de sangue, de saliva ou amostras de urina.
- Já a análise da respiração pé muito mais simples.
- Segundo os cientistas, o método é altamente acessível e tem um custo muito baixo.
- A ideia é que a análise dure apenas alguns minutos.
- E, então, os resultados já ficam disponíveis para o paciente.
- A nova tecnologia foi descrita pelos pesquisadores em estudo publicado na revista Nature Chemical Engineering.
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Dispositivo pode detectar asma, diabetes e até câncer de pulmão
O corpo humano emite compostos orgânicos voláteis (VOCs), pequenas moléculas orgânicas que são tipicamente gasosas à temperatura ambiente e que podem ser detectados na respiração humana. Diversos estudos já associaram estes compostos a doenças, incluindo asma, diabetes e câncer de pulmão.
No entanto, há uma dificuldade em usar VOCs para diagnósticos. Isso porque eles estão presentes em concentrações muito baixas, o que torna o monitoramento um verdadeiro desafio. No entanto, o novo dispositivo pode sugar o ar exalado através de uma bomba, adicionando vapor de água através de um umidificador e resfriando a mistura para causar condensação.

Segundo os cientistas, este processo transforma os compostos transportados pelo ar em gotículas concentradas que deslizam para um reservatório de coleta. O protótipo pode coletar cerca de 1 mililitro de condensado em 10 minutos, fornecendo amostra suficiente para as análises.
Apesar de suas potencialidades, ainda existem alguns obstáculos a serem superados. Os cientistas ainda não sabem ao certo quais compostos se relacionam com quais doenças. Por isso, mais estudos são necessários antes que o “bafômetro” possa efetivamente entrar em operação.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/06/26/ciencia-e-espaco/este-bafometro-pode-detectar-doencas-analisando-sua-respiracao/