
Em um cenário político marcado por reviravoltas e articulações estratégicas, cada vaga no Parlamento estadual ganha peso significativo nas engrenagens do poder. No Maranhão, os bastidores da Assembleia Legislativa voltaram a ferver com a iminente licença da deputada estadual Helena Duailibe (PP), recém-empossada em definitivo após a cassação do mandato de Hemetério Weba.
A possível saída da parlamentar, que deve retornar ao comando da Secretaria de Políticas para as Comunidades no governo Carlos Brandão (PSB), reacende disputas internas e levanta questionamentos sobre quem tem o direito — e as condições legais — de ocupar o espaço deixado no Legislativo.
Nos bastidores, a expectativa pela saída de Helena abriu uma controvérsia em torno de quem deve ocupar a cadeira. O primeiro suplente, Leonardo Sá, enfrenta um impasse jurídico: apesar de ter sido eleito suplente pelo Progressistas, ele se desfiliou do partido em 2023, quando planejava disputar a Prefeitura de Pinheiro. A candidatura não se concretizou, mas a desfiliação pode agora custar-lhe a chance de assumir o mandato.
Pela legislação, o Progressistas ainda poderia recorrer à Justiça alegando infidelidade partidária para impedir a posse de Sá. Enquanto isso, uma articulação interna vem sendo montada para que a vaga seja ocupada por Socorro Waquim, quarta suplente da coligação e atual vice-prefeita de Timon.
A questão é que Waquim teria que renunciar ao cargo no Executivo municipal para assumir a cadeira na Assembleia — um movimento delicado, considerando que ela assumiu a vice-prefeitura há menos de seis meses.
Diálogo consensual
Ciente do impasse, Leonardo Sá teria procurado o presidente estadual do Progressistas, deputado federal André Fufuca, numa tentativa de encontrar uma saída consensual e evitar um embate jurídico. O objetivo seria garantir sua posse de forma pacífica, antes que o partido tome qualquer decisão oficial que possa inviabilizar sua subida ao Legislativo.
A situação coloca o Progressistas em uma posição estratégica, tendo em mãos a decisão sobre quem representará o partido na Assembleia em caso de confirmação da licença de Helena Duailibe. A movimentação ocorre num cenário de rearranjos políticos que antecipa disputas locais e estaduais, tornando cada vaga um ativo precioso.
A tendência é que o desenrolar dos fatos envolva não apenas os atores diretamente interessados na vaga, mas também lideranças partidárias e membros do governo estadual, atentos aos desdobramentos que essa disputa pode gerar no equilíbrio político da Assembleia Legislativa.
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/06/helena-duailibe-pode-pedir-licenca-da-alema/