Nesta terça-feira (1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciaram o Plano Safra 2025/2026, cujo foco será:
- Ampliação do crédito rural;
- Incentivo à produção sustentável;
- Fortalecimento da infraestrutura no campo.
“Queremos elevar ao máximo os ganhos que esses recursos podem gerar para os empresários, para a sociedade e, sobretudo, para o nosso país. Nosso objetivo é consolidar o papel do Brasil como celeiro do mundo“, disse Lula.
Detalhes do Plano Safra 2025/2026
- O governo liberará para o novo Plano Safra R$ 516,2 bilhões em recursos, dos quais:
- R$ 415 bilhões para opção de custeio e comercialização (R$ 13 bilhões a mais que na safra passada);
- R$ 102 bilhões para investimentos em infraestrutura proativa, representando aumento de 51% ante o volume do ciclo anterior.
- R$ 114 bilhões serão contratados com juros controlados e equalizados, aumento de 23% ante o ano anterior.
“Mesmo com todas as dificuldades, entregamos o maior Plano Safra da história. Fizemos um esforço enorme para preservar o acesso ao crédito, estimular a produção e aquecer a economia. Esse volume de recursos vai impulsionar uma supersafra e garantir o abastecimento de alimentos no mercado interno“, afirmou Fávaro.
O que o projeto defende
O Plano Safra 2025/2026 “traz estímulo à sustentabilidade e à adaptação às mudanças climáticas“, diz o anúncio. Além disso, segue, como prioridade, os financiamentos para sistemas de produção de baixa emissão de carbono via programa RenovAgro. Ele passará a permitir o financiamento de ações visando prevenção e combate a incêndios, reflorestamento e recuperação de áreas protegidas.
Os produtores que realizarem práticas sustentáveis seguirão com redução de 0,5 ponto percentual nas taxas de juros. A linha voltada para construção de armazéns com até 12 mil toneladas, por exemplo, conta com taxa de 8,5% ao ano e R$ 8,2 bilhões em recursos, informou o governo.
Os programas Moderagro e Inovagro foram fundidos, “permitindo maior flexibilidade no uso do crédito para modernização tecnológica no campo”. Ele também visa o fortalecimento da irrigação, armazenamento e apoio ao médio produtor rural.
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Outro projeto que passou por mudanças foi o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), cujo limite de renda para enquadramento foi ampliado de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões anuais. “A medida amplia o número de beneficiários e melhora as condições de financiamento para esse público”, afirmou o governo.
Já o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) terá volume recorde: R$ 7,2 bilhões, passando, ainda, a ser acessível também por beneficiários do Pronaf e do Pronamp, mesmo que já tenham contratos ativos no Plano Safra.
Além disso, o Plano Safra 2025/2026 obrigará todas as operações de custeio agrícola a seguirem o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), independentemente do valor contratado pelo agricultor ou da exigência do Proagro.
Antes, essa regra valia apenas para operações de até R$ 200 mil no Pronaf, mas, agora, foi estendida a todos os financiamentos enquadrados nas condições climáticas mapeadas.
Outra novidade tem a ver com o financiamento de rações, suplementos e medicamentos adquiridos até 180 dias antes da formalização do crédito, que, no novo Plano Safra, passa a ser permitido, bem como o apoio à produção de sementes e mudas de essências florestais e culturas para cobertura do solo.
O que esperar da nova edição do plano
O Plano Safra 2025/36 tem expectativa de safra recorde: 1,2 bilhão de toneladas, devendo “contribuir para a estabilidade dos preços dos alimentos, o aumento da oferta de grãos, fibras, carnes e pescados e a ampliação dos excedentes exportáveis“. Também se espera que mais de 500 mil contratos de crédito rural sejam formalizados durante o novo ciclo.
Quem também se pronunciou a respeito do lançamento foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Nós vamos ter uma deflação de alimentos, como aconteceu no mês passado. A previsão da Secretaria de Política Econômica é de que as coisas estão voltando rapidamente ao normal. Nosso plano de voo está mantido“, pontuou.
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