
O mês de Julho chegou e, com ele, as férias. Nesse período, existe sempre uma pergunta que não cala: o que fazer? Com o tempo livre, a tendência é que fiquemos cada vez mais conectados e reféns das mídias e da internet para se entreter, buscando e seguindo tendências e sendo vítimas do que dita a internet, sobretudo, por meio de plataformas como o TikTok e o Instagram. O resultado disso é uma mente mais ansiosa, além do aumento dos níveis de comparação e dos impactos negativos do consumo massivo de conteúdos no bom funcionamento psicossocial e cognitivo, afinal, virtualizar a vida em excesso traz consequências.
Não à toa, a palavra do ano de 2024 foi “Brain Rot”, um termo estrangeiro utilizado para designar o apodrecimento mental ocasionado pelo consumo desenfreado e sem filtro de informações e conteúdos cibernéticos. A boa notícia é que, em uma pesquisa da Vogue Business, foi esclarecido que, após anos de crescimento da cultura de microtendências digitais, ditando o consumo e o estilo de vida, o ano de 2025 tem se mostrado como uma fase transição à volta das atividades manuais, ao ar livre e da sociabilidade. As marcas estão cada vez mais investindo em ações offline e as pessoas, com destaque especial à Geração Z, estão indo em direção às atividades sem conexão digital, como a prática de esportes, artesanato, pintura, etc.
No Maranhão, não é diferente. Em uma cidade tropical e urbana, que une o melhor de todos os mundos, como São Luís, fica mais fácil se envolver em outras atividades, que vão além de rolar o feed. Cabe ressaltar, também, que aproveitar a vida fora das telas não é sinônimo de gastos exorbitantes. Pensando nisso, O Imparcial uniu um compilado de atividades que podem ser feitas para o melhor aproveitamento do tempo e, claro, das férias.
Experimente uma nova atividade física
Se você pratica musculação ou outro esporte, considere meio caminho andado. No entanto, desafiar-se a praticar uma nova atividade, por um dia que seja, já conta como uma experiência a mais, tanto para conhecer a modalidade, quanto para frequentar outros espaços e fazer novas conexões. Em São Luís, a ascensão de escolas de danças, centros de treinamento, arenas de esportes em quadra, como voleibol e tênis, além de outros locais com foco em movimentação corporal, é notável. Vale conferir e escolher o que mais faz sentido para a sua rotina.
Turistar na própria cidade é válido!
Poucas sensações na vida são boas como a de ser turista. Conhecer um lugar novo a partir das suas nuances, história e gastronomia é uma experiência que quem vive, sempre quer repetir. Precisamos normalizar, nesse sentido, buscar sentir essas sensações na nossa própria cidade que, diga-se de passagem, carrega todo o potencial turístico como qualquer outra, e reúne o núcleo histórico-cultural em um só lugar: o Reviver. Dito isso, em uma distância curta, você encontra o Museu do Reggae, Museu de Arte Sacra, Museu de Artes Visuais, Casa de Nhozinho, Museu Histórico e Artístico do Maranhão, e muito mais. Tudo isso, além dos restaurantes típicos da região.
Cabe conhecer, também, as praias da região metropolitana. Além das praias Calhau, São Marcos, Olho d’água, Araçagy, temos: Praia do Olho do porco; Praia de Mangue Seco; Praia da Guia; Praia de Panaquatira; Praia da Boa Viagem; outras.
Feirinhas e brechós
No imaginário popular, tem-se que a feira se resume à compra de frutas, vegetais e antiguidades. Não é uma análise inválida, no entanto, as feiras têm se popularizado cada vez mais, sobretudo, em outros setores, como a música e a moda. Além das tradicionais feiras de hortaliças e artesanato, cabe conferir feiras de vinil e roupas, que têm acontecido com frequência na cidade. O mesmo serve para os brechós, segmento que tem crescido exponencialmente. Garimpar roupas, discos, e até comprar alimentos fresquinhos e produtos manuais é uma atividade divertida para quem prioriza momentos alternativos e um consumo mais consciente.
Mergulhe na cultura local
Existem várias maneiras de se reconectar com a cultura da cidade. Rolês como rodas de samba, festas independentes, slams de poesia, exposições e shows ao ar livre têm ocupado os espaços públicos com cada vez mais frequência, muitos deles de graça. Vale acompanhar coletivos culturais e espaços alternativos nas redes sociais para ficar por dentro da programação. Além de prazeroso, é um jeito de apoiar a cena local.
Aprenda por prazer (sem pressão)
Por fim, quem disse que aprender nas férias não pode ser leve? Oficinas de pintura, cerâmica, escrita criativa, serigrafia ou até cursos livres oferecidos por coletivos e universidades públicas, de forma gratuita e acessível, são boas formas de explorar novos interesses. Para quem curte introspecção, clubes de leitura, zines e projetos colaborativos também entram como opções criativas e acessíveis. Mais que um passatempo, são experiências que podem abrir novas portas, internas e externas, e criar novas conexões.
Fonte: https://oimparcial.com.br/entretenimento-e-cultura/2025/07/sai-do-celular-fazer-em-julho-longe-das-telas/