
Em um bate-papo direto ao programa Palpite, da rádio online de O Imparcial, apresentado pelo colunista político Felipe Klamt, os co-vereadores Raimunda Oliveira e Eni Ribeiro, do Coletivo Nós, fizeram um balanço do momento político em São Luís, com destaque para os bastidores do Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT), o cenário de 2026, e o desafio de manter a coerência em meio a uma Câmara Municipal majoritariamente conservadora.
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Reeleitos em 2024 como parte do primeiro mandato coletivo da história da capital maranhense, os parlamentares seguem defendendo pautas progressistas e reafirmam que sua atuação é movida por compromisso com a base que os elegeu: o povo periférico e trabalhador.
“Chegamos aqui mesmo com muitos dizendo que não conseguiríamos ou sequer mereceríamos, mas não desistimos e hoje temos orgulho do trabalho que estamos fazendo em favor dos que mais precisam”, destacou Raimunda, recém-eleita presidente municipal do PT em São Luís.
Bastidores do PED: “Desespero de uma minoria”
A eleição para os diretórios do PT foi marcada por judicializações e uma disputa interna intensa. Centenas de filiações foram impugnadas. Nem mesmo os covereadores conseguiram votar. “O tumulto foi causado pelo desespero de uma minoria que vem perdendo espaço a cada eleição”, disse Raimunda.
Mesmo com o ambiente conturbado, Francimar Melo foi reconduzido à presidência estadual do partido, enquanto Raimunda tornou-se a primeira mulher a presidir o diretório municipal em São Luís.
2026: PT dividido e o dilema da candidatura própria
Com a pré-candidatura do vice-governador Felipe Camarão (PT) ao governo do Maranhão, os covereadores manifestaram o desejo do coletivo de que o PT tenha uma candidatura própria em 2026, destacando, no entanto, que a decisão final será do diretório nacional do partido e passará pelo desfecho das conversas entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Reino dividido é reino falido. Nossa eleição em 2024 foi fruto da união de várias forças internas do partido. Acreditamos que o PT tem força para apresentar um nome ao governo do estado, mas isso dependerá das articulações com a executiva nacional e, principalmente, do diálogo entre Brandão e o presidente Lula”, afirmou Eni.
Ela ainda revelou que há nos bastidores a possibilidade de que o atual prefeito Eduardo Braide (sem partido) desista da candidatura ao governo, caso o rompimento não se concretize. Apesar disso, Braide tem ganhado espaço nas redes sociais e começa a ser mais observado também pelo eleitorado do interior.
Câmara Municipal: oposição sem travar a cidade
Mesmo sendo oposição à gestão Eduardo Braide, o Coletivo Nós afirma não atuar de forma obstrutiva na Câmara de São Luís. “Se um projeto melhora a vida do povo, nós votamos a favor. Do contrário, estaríamos sendo contra o povo que nos elegeu”, explicou Raimunda.
Taxação dos EUA: “BRICS incomoda”
Ao comentar a recente taxação de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros, o covereador Eni avaliou a medida como uma tentativa de conter o crescimento da influência do BRICS. “Trump reconhece a força do BRICS. Isso acelera o processo de independência mundial, o que enfraquece os norte-americanos”, afirmou.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/07/com-resultado-do-ped-coletivo-nos-cresce-no-pt-e-reforca-oposicao/