16 de julho de 2025
Sem ação de Tarcísio, violência em SP cresce e ataques
Compartilhe:

Foto: Divulgação/SPUrbanuss

A grande São Paulo sofre com uma onda de ataques ao transporte público municipal e metropolitano desde o mês passado. Ataques contra ônibus em São Paulo continuaram entre a última segunda-feira (14) e terça-feira (15).

De acordo com balanço informado nesta terça-feira (15) pela SPTrans, gerenciadora das linhas municipais da capital paulista, foram mais de 11 veículos danificados deste sistema, elevando para 432 o total desde o início da onda de ataques, em 12 de junho de 2025. As informações foram apuradas pelo portal Diário do Transporte.

Esse número se refere apenas a ônibus municipais de São Paulo. Considerando todos no Estado, como os intermunicipais metropolitanos, os do litoral paulista e os municipais das cidades vizinhas da capital, já são mais de 750.

Na nota, a SPTrans diz que repudia os atos e que orienta as empresas a fazerem a comunicação de imediato. “A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans reiteram o repúdio aos atos de vandalismo registrados no sistema de transporte e seguem fornecendo todas as informações necessárias para auxiliar nas investigações. Desde 12 de junho, as empresas operadoras relataram que 432 veículos do sistema municipal de transporte foram depredados, sendo 11 entre a segunda-feira (14) e a manhã de terça (15). Os atos aconteceram de forma distribuída por todas as regiões da cidade”, disse em nota.

Apesar da gravidade do problema, que parece estar longe de um desfecho, as investigações e operações policiais até agora têm resultado em poucos efeitos práticos. Na segunda, a Polícia Civil de São Paulo prendeu o oitavo suspeito de participar dos ataques. Um homem de 38 anos foi preso em flagrante ao apedrejar um ônibus na Brasilândia.

Apesar das prisões, a polícia ainda está investigando quais são as motivações dos ataques aos coletivos. Só no último domingo (13) foram 47 ataques, o segundo maior pico de casos num único dia. A investigação da polícia segue três linhas principais: ligação dos casos com o Primeiro Comando da Capital (PCC); desafios de internet; e funcionários ou empresas que trabalham com transporte urbano coletivo, essa sendo considerada a mais provável.

Sem qualquer ação mais efetiva do governo do Estado, o governador Tarcísio de Freitas se limitou a dizer que a população “não precisa ter medo”. “Estamos com uma mega operação em andamento. A inteligência está trabalhando muito. Nós já apreendemos criminosos. A gente tá agora em cima desse criminoso, conduzindo a investigação para ver se a gente acha o fio condutor disso, inclusive com quebra de sigilo telefônico para entender o que está acontecendo”, declarou, mesmo com o aumento dos casos a cada dia.

Em um dos ataques, no entanto, uma pedra lançada contra a vidraça de um ônibus acertou em cheio uma mulher sentada no banco. Ela fraturou vários ossos da face, incluindo o nariz, e correu risco de vida. O caso ocorreu na Zona Sul da capital, no dia 27 de junho.

No último sábado (12) outra passageira terminou ferida, em São Vicente, litoral de São Paulo, após ser atingida por um azulejo no rosto enquanto estava dentro do coletivo na cidade.

Fonte: https://horadopovo.com.br/sem-acao-de-tarcisio-violencia-em-sp-cresce-e-ataques-a-onibus-ja-passam-de-750/