Que os mosquitos são uma das grandes preocupações para a saúde humana não é novidade. Esses pequenos insetos são os animais responsáveis pelo maior número de mortes e transmissão de doenças anualmente no mundo todo.
Eles transmitem doenças, como malária, zika e dengue, num piscar de olhos. Além das infecções causadas por vírus e bactérias, eles também podem carregar parasitas e outros agentes infecciosos.
Mosca-varejeira e mosquitos
- Eles podem estar carregando uma larva de mosca-varejeira e, com uma simples picada, alocar este animal dentro de sua pele;
- Esse parasita usa insetos, como mosquitos, para transportar seus ovos, que eclodem ao contato com a pele humana. As larvas, então, penetram no corpo, iniciando um ciclo bizarro de parasitismo conhecido como forésia. Segundo informações do IFLScience;
- A mosca adulta tem o tamanho de uma doméstica comum e estão presentes na América Central e na América do Sul;
- Sua estratégia de reprodução é bem diferente do comum, até mesmo para insetos: a fêmea captura um mosquito e cola seus ovos no abdômen do inseto. Quando o mosquito pousa em uma pessoa, o calor da pele ativa os ovos, liberando larvas que penetram na pele do hospedeiro.
Esse comportamento é conhecido como forésia, um tipo de parasitismo indireto. As larvas podem entrar pelo furo deixado pela picada do mosquito ou por folículos capilares. Uma vez no interior da pele, se alimentam dos tecidos humanos por cerca de seis semanas, crescendo em um ambiente seguro e nutritivo.
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Sinal de infecção, cuidados e riscos
O principal sinal de infestação é o chamado warble, um nódulo inflamado com um pequeno orifício no centro. Esse buraco serve como tubo de respiração da larva, funcionando como um minúsculo snorkel. A movimentação dentro do nódulo e a dor local também podem ajudar no diagnóstico.
Apesar de causar repulsa, o parasita raramente representa risco grave. Em regiões endêmicas, os sintomas são bem conhecidos e o tratamento é simples. Em muitos casos, basta cobrir o orifício com vaselina para bloquear a respiração, forçando a larva a sair. Quando isso não funciona, a remoção cirúrgica pode ser necessária.
Depois de se desenvolver na pele humana, a larva sai espontaneamente, cai no solo e completa seu ciclo até se tornar uma mosca adulta. Curiosamente, a mosca-varejeira adulta não representa ameaça direta: não pica nem transmite doenças. Seu papel termina quando transfere a missão a um mosquito desavisado.
O ciclo de vida da Dermatobia hominis impressiona pela sofisticação evolutiva. Ao delegar o transporte de seus ovos a outro inseto e aproveitar o corpo humano como berçário, ela economiza energia e garante proteção às larvas. Uma lição desconcertante sobre criatividade na natureza.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/07/20/medicina-e-saude/conheca-o-truque-evolutivo-da-mosca-varejeira/
