21 de julho de 2025
Weverton Rocha em entrevista a O Imparcial: “A decisão sobre
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O senador Weverton Rocha (PDT) foi o entrevistado da semana no rograma Palpite, da Rádio de O Imparcial. Em conversa franca com o colunista politico Felipe Klamt, o pedetista fez o que mais gosta: falou de tudo e de todos. Entre críticas à política de Donald Trump, análises sobre a polarização no Brasil, bastidores da sucessão estadual e o legado que constrói com emendas parlamentares, Weverton mostrou que segue atento às jogadas do tabuleiro político.

Com um discurso mais sereno do que em outras fases, mas ainda carregado de posicionamento político, o senador não fugiu dos temas espinhosos. Quando perguntado sobre as novas taxações impostas por Donald Trump ao Brasil, ele não pestanejou: “O Brasil é soberano e não pode se curvar diante de ameaças à nossa autonomia. Isso é medo do nosso crescimento”.

A crítica não parou por aí. Para ele, a China, onde esteve recentemente com o presidente Lula, será a grande beneficiada da crise entre Brasil e EUA. “Temos que mudar nossa concepção sobre a China. É um país altamente desenvolvido, tecnológico e com enorme potencial de parceria. Quem ainda olha para a China com desconfiança, está preso a uma visão ultrapassada e ideológica”, afirmou.

Mas foi no debate sobre a política nacional e maranhense que Weverton voltou ao seu habitat natural: o Congresso. E ali, com o jeitão de quem circula bem pelos corredores de Brasília, ele defendeu a chamada “taxação dos super ricos”, aprovada como contrapartida à isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. 

A medida visa aliviar os mais pobres e cobrar mais de quem ganha mais. Justiça social é isso. Hoje, os super ricos pagam proporcionalmente menos do que os pobres. Isso precisa acabar”, afirmou. Ele ainda lembrou que o sistema tributário brasileiro sempre foi injusto e que essa medida é um passo importante na correção de distorções históricas.

Senador torce pela unidade do grupo governista

No Maranhão, o senador adotou uma postura mais cautelosa. Disse torcer pela unidade do grupo governista e destacou o papel de sua parceira política, a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Iracema Vale (PSB), deixando evidente que a decisão caberá ao governador Carlos Brandão (PSB). Sobre a possibilidade de Orleans Brandão ser o nome escolhido, foi diplomático: “Tenho pouca proximidade, mas ele tem qualidades para disputar qualquer cargo”.

Em outro momento, reforçou: “O melhor para o Maranhão é a unidade, mas caminharemos com o candidato escolhido pelo governador”.

Também afirmou que o presidente Lula (PT) e o governador Carlos Brandão (PSB) caminham unidos no projeto de desenvolvimento nacional, regional e estadual, sendo indiscutível a parceria eleitoral entre ambos em 2026.

No campo das entregas, destacou o Hospital de Amor, inaugurado em Imperatriz com recursos viabilizados por ele. A unidade, que é referência na prevenção e tratamento de câncer, já realizou mais de 115 mil atendimentos, incluindo ações itinerantes em todo o estado. Somado ao fortalecimento permanente com verbas do Hospital Aldenora Bello em São Luís e no município de Pinheiro, atendendo a pacientes da baixada maranhense e de outros estados. “Todos os anos, destinamos pelo menos R$ 7 milhões para manter o hospital, entre emendas individuais, bancada e demais parlamentares da região. É uma prioridade minha. A saúde tem sido uma das minhas principais plataformas de trabalho”.

Weverton também avaliou o cenário político futuro e sinalizou que a polarização deve se manter até 2026 com Lula e Bolsonaro no protagonismo, mas acredita que em 2030 o país verá novos nomes despontarem. “Esse fervor favorece políticos com discursos rasos. Mas o povo vai se cansar. O Brasil vai amadurecer politicamente. Acredito que 2030 será o marco de uma nova geração no poder, com mais responsabilidade social e compromisso com resultados.”

Ao fim da entrevista, o que se viu foi um senador em plena forma, dono de articulação nacional e cada vez mais habilidoso em sua movimentação regional. E como ele mesmo deixa claro: não tem pressa. Mas está de olho.

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/07/weverton-rocha-em-entrevista-a-o-imparcial-a-decisao-sobre-o-sucessor-e-de-brandao/