Os partidos União Brasil e Progressistas (PP) marcaram para o dia 19 de agosto as convenções nacionais que irão formalizar a federação entre as duas legendas, batizada de União Progressista. A informação foi divulgada pela coluna de Lauro Jardim, de O Globo
As reuniões ocorrerão simultaneamente em Brasília e terão como foco principal a aprovação do estatuto da nova federação, além de tratar de outros aspectos organizacionais e operacionais da aliança. O movimento visa consolidar uma frente política robusta com foco nas eleições municipais de 2024 e nas articulações para 2026.
Aliança entre caciques do centrão
O União Progressista reúne dois dos principais partidos do centrão e é liderado por figuras influentes do cenário político nacional. De um lado, Antônio Rueda, presidente do União Brasil e futuro dirigente da federação; de outro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil e atual presidente do PP.
A expectativa é que a nova federação se torne uma das maiores forças políticas do país, unindo as estruturas partidárias e bancadas das duas siglas. Juntas, União Brasil e PP somam mais de 100 deputados federais e uma capilaridade expressiva nos estados.
Impactos para as eleições e a governabilidade
A criação da União Progressista deverá impactar diretamente as composições políticas nas disputas municipais de 2024, oferecendo um bloco forte para candidatos a prefeituras e câmaras municipais em todo o país. Além disso, a federação deve se consolidar como uma força de negociação relevante no Congresso Nacional, especialmente em votações estratégicas para o governo federal.
A formalização do estatuto e os ajustes internos entre as legendas são etapas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a federação seja reconhecida oficialmente e passe a operar de forma unificada em termos programáticos, disciplinares e eleitorais.
Consolidação do modelo de federações
O modelo de federação partidária foi criado como alternativa à extinção das coligações proporcionais, permitindo que partidos se unam de forma estável por, no mínimo, quatro anos. Ao contrário das coligações, as federações devem manter coesão programática e unidade de atuação em todas as esferas legislativas.
Com a iniciativa, União Brasil e PP se tornam protagonistas de um movimento que busca fortalecer o centro político e ampliar a governabilidade diante de um cenário parlamentar fragmentado.
Próximos passos
Após a aprovação interna nas convenções, a federação será registrada no TSE, que avaliará se os critérios legais foram cumpridos. A partir daí, a União Progressista poderá atuar oficialmente como uma única legenda, inclusive com lista única de candidatos e divisão conjunta de recursos do fundo partidário e do tempo de propaganda eleitoral.
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Fonte: https://agendadopoder.com.br/uniao-brasil-e-pp-definem-19-de-agosto-para-oficializar-federacao-partidaria/
