A orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, recebe no próximo domingo (03) uma manifestação nacional convocada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Intitulado “Reaja, Brasil”, o ato está marcado para às 11h, no Posto 5, e também será realizado em outras cidades do país.
O movimento acontece após as medidas cautelares impostas a Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e num cenário de crise diplomática com os Estados Unidos. Não por acaso o ato tem como bandeiras a defesa do ex-presidente, críticas ao STF e ao governo Lula, além do apoio a pautas como liberdade de expressão e democracia.
A mobilização deve reunir diversos parlamentares do campo conservador, principalmente do Partido Liberal (PL). O deputado estadual Renan Jordy afirmou em suas redes sociais que a manifestação representa “a defesa dos nossos valores e da nossa liberdade”.
Presenças confirmadas
Entre os nomes já confirmados estão os deputados estaduais Alan Lopes, Thiago Gagliasso, Filippe Poubel, Douglas Gomes e Índia Armelau, todos do PL, e Rodrigo Amorim (União Brasil). No sábado (2), véspera do ato, Gomes organiza uma carreata em Niterói em apoio ao ex-presidente. Índia Armelau também divulgou convocação ao lado do marido, o vereador Fernando Armelau (PL).
O deputado federal General Pazuello (PL-RJ) também confirmou presença. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido Câmara dos Deputados, participa do ato no Rio pela manhã e segue à tarde para a manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo.
Da Câmara Municipal do Rio, os vereadores Dr. Rogério Amorim, Diego Faro, Poubel e Rafael Satiê foram outros que aderiram ao movimento. Satiê afirmou que a manifestação envia um recado ao ministro Alexandre de Moraes, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao procurador-geral Paulo Gonet e até a líderes internacionais. “Querem impedir Bolsonaro de disputar 2026 porque sabem que ele vence”, disse.
O pastor Silas Malafaia, um dos articuladores da mobilização, afirmou que o ato deste domingo representa “um pacote” de reações contra “a injustiça e a censura”.
Investigações e crise com EUA
O ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de investigações em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e na Procuradoria-Geral da República (PGR), que apuram supostos atos antidemocráticos, uso indevido da estrutura do Estado e tentativa de interferência no processo eleitoral.
Há duas semanas, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, impôs a Bolsonaro medidas cautelares de uso de tornozeleira eletrônica; recolhimento domiciliar no período noturno e aos fins de semana; proibição de acesso a embaixadas e consulados e de manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras; e proibição de utilização de redes sociais, direta ou indiretamente, inclusive por intermédio de terceiros. A decisão foi referendada pela Primeira Turma do STF.
No início de julho, o governo dos Estados Unidos, sob liderança do presidente Donald Trump, acirrou as tensões ao anunciar um tarifaço sobre produtos brasileiros, gerando apreensão no setor exportador e nas relações bilaterais.
O ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos envolvendo Bolsonaro no STF, também foi sancionado com a Lei Magnistky, utilizada para punir estrangeiros. A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano na quarta-feira (30).
Fonte: https://agendadopoder.com.br/manifestacao-reunira-aliados-de-bolsonaro-em-copacabana-neste-domingo/
