
A influenciadora digital Andressa Tainá Sousa, apontada como líder do esquema ilegal de divulgação do jogo de azar conhecido como “Tigrinho”, está no centro da Operação Dinheiro Sujo, deflagrada em 30 de julho pela Polícia Civil do Maranhão, por meio da SEIC. A investigação revelou que ela planejava executar autoridades e comunicadores que vinham denunciando o esquema.
De acordo com a SEIC, mensagens apreendidas no celular de Tainá e trocadas com o pai — também investigado — continham uma “lista de alvos”, que incluía nomes como o delegado Pedro Adão, o deputado Yglésio Moyses, o jornalista Domingos Costa e o criador da página Agenda Maranhão, Matheus Moraes — todos envolvidos em ações contra o “Jogo do Tigrinho” no Maranhão.
Em mensagens chocantes, Tainá comemorou a morte do jornalista Luís Cardoso, ocorrida em 11 de abril, afirmando que “um já foi, agora falta os outros”.
Além do plano de assassinato, a Operação Dinheiro Sujo identificou que Tainá e outros influenciadores faziam uso de mídias sociais para promover apostas ilegais online com promessas de ganhos fáceis. Os seguidores eram guiados a depositar dinheiro em plataformas tipo “caça-níqueis”, com coordenação por meio de grupos de WhatsApp e apoio de uma advogada para lavagem de dinheiro.
A estrutura criminosa envolvia familiares e associados próximos a Tainá: seu irmão Otávio Vitor Lima, o pai Otávio Filho (Baiano), o ex-namorado Neto Duailibe e a advogada Maria Angélica. Todos tiveram bens bloqueados ou sequestrados. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 11,4 milhões em contas, além de confiscos de veículos de luxo (Range Rover, BMW, Toyota Hilux) e moto aquática.
Tainá já respondia na Justiça por furto qualificado, após usar o cartão de crédito de uma pessoa falecida para realizar compras, tendo firmado acordo de não persecução penal. Ela também foi acusada de maus-tratos a animais, com casos em que oferecia bebida alcoólica a seu cachorro em vídeos nas redes sociais.
Uma internauta comentou nas mídias sociais:
O deputado estadual Yglésio Moyses, um dos alvos da lista, se pronunciou em vídeo nas redes sociais sobre o caso. Ele classificou as ameaças como gravíssimas e ressaltou que o combate às apostas ilegais precisa continuar com firmeza no Maranhão.
Assista:
A polícia continua investigando. Outros envolvidos podem ser responsabilizados à medida que novas provas forem analisadas, especialmente sobre o plano de silenciar opositores e a operação financeira por trás das apostas ilegais.
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/operacao-dinheiro-sujo-influenciadora-taina-sousa-planejava-executar-autoridades-e-jornalistas-no-maranhao/