A disputa judicial pela herança de Cid Moreira, ícone do jornalismo brasileiro que morreu em 2024, ganhou um novo capítulo. A Justiça determinou o bloqueio da mansão onde o ex-apresentador do Jornal Nacional viveu seus últimos anos, localizada em Itaipava, na região serrana do Rio de Janeiro. Avaliado em R$ 2,9 milhões, o imóvel não poderá ser vendido sem autorização judicial.
A decisão acontece em meio ao processo movido por Roger Naumtchyk, filho adotivo de Cid, contra a viúva do jornalista, Fátima Sampaio. Ele a acusa de ocultar e vender parte do patrimônio deixado pelo marido, incluindo 11 dos 18 imóveis registrados em seu nome. Segundo Roger, cerca de R$ 12,3 milhões provenientes dessas vendas teriam ficado com Fátima, além da suposta transferência de R$ 40 milhões para contas no exterior.
Entre os episódios mais polêmicos citados por Roger está a venda de uma casa na Barra da Tijuca por R$ 1,2 milhão — valor muito inferior à suposta avaliação de mercado, estimada em R$ 6 milhões.
A mansão de Itaipava, agora bloqueada, tem mil metros quadrados, com piscina, espaço gourmet, cinco quartos e anexo para hóspedes. A manutenção do imóvel ultrapassa os R$ 10 mil mensais. Por orientação do advogado de Fátima, Davi de Souza Saldaño, o imóvel foi retirado de plataformas de venda. Caso seja vendido no futuro, a quantia deverá ser retida pela Justiça até que a partilha da herança seja concluída.
A defesa da viúva nega todas as acusações. Segundo o advogado, os imóveis citados por Roger não constam na declaração do casal nem no testamento de Cid Moreira, que teria deixado todo o patrimônio para Fátima. Ele também contesta a estimativa de que o patrimônio do jornalista chegaria a R$ 60 milhões.
A disputa familiar segue sob análise da Justiça e deve se estender nos próximos meses.
Fonte: Correio Braziliense
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/justica-bloqueia-mansao-de-cid-moreira-em-meio-a-disputa-por-heranca/
