
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) participou, na manhã deste domingo (3), de uma manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada na orla de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. O ato também teve como foco críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontado pelos participantes como símbolo de perseguição política.
Durante seu discurso, Flávio, que levou um cartaz em tamanho real do pai, que não pôde comparecer, mencionou a recente sanção imposta pelos Estados Unidos a Moraes, classificada por ele como uma “vergonha brasileira”. Segundo o senador, a mobilização nas ruas é uma resposta a essa situação.
“A gente é muito grato pelas pessoas que, mais uma vez, estão nas ruas para lutar pelo país. O que tem acontecido no Brasil é fruto de toda perseguição de Alexandre de Moraes, que, para a vergonha brasileira, é uma autoridade sancionada pela maior democracia do mundo”, afirmou.
Flávio também declarou que o país não vive uma situação de normalidade democrática e que os manifestantes estariam contribuindo para a recuperação da liberdade.
“As pessoas não podem fingir que o Brasil está em normalidade, porque não está. E quem está aqui hoje, em Copacabana, e quem está nas ruas de todo o Brasil está vindo nos ajudar. Esse é o momento de resgatar nossa liberdade e buscar a normalidade no Brasil”, completou.
O governador Cláudio Castro também marcou presença na manifestação de Copacabana. Num rápido discurso de apoio ao ex-presidente, assegurou que o ato repercutirá internacionalmente, pois não há outro candidato viável para ocupar a presidência da República em 2026. “Não há plano B ou C. Quem queremos para presidente do Brasil? Quem? Bolsonaro”, disse Castro.
Mobilização nacional em defesa de Bolsonaro
O ato no Rio faz parte de uma série de manifestações realizadas neste domingo em 62 cidades brasileiras. Os protestos têm como principais pautas a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
A convocação das mobilizações foi feita por aliados do ex-presidente, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que defende uma “anistia ampla, geral e irrestrita” aos réus relacionados aos eventos de 8 de janeiro e à suposta tentativa de golpe em 2022.
Jair Bolsonaro é réu em uma ação penal no STF, sob acusação de articular um plano para permanecer no poder após ser derrotado nas eleições presidenciais por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A denúncia é conduzida por Alexandre de Moraes, que também determinou medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e o impedimento de sair de casa aos finais de semana. Por isso, o ex-presidente não participou das manifestações.
Sanções dos EUA contra Moraes ampliam tensões
As manifestações também ocorrem no contexto da recente decisão dos Estados Unidos de aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes. A medida foi adotada com base na Lei Magnitsky, que permite penalidades contra autoridades acusadas de violar direitos humanos. De acordo com as restrições, Moraes não poderá realizar transações financeiras com instituições norte-americanas, o que inclui o uso de cartões de crédito vinculados a bancos dos EUA.
A sanção foi celebrada por aliados de Bolsonaro, como o ex-presidente norte-americano Donald Trump, que tem acusado Moraes de atentar contra a liberdade de expressão. As críticas ao ministro foram um dos principais motes dos discursos realizados nas manifestações em diversas cidades do país neste domingo.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/flavio-bolsonaro-critica-moraes-em-ato-no-rio-e-diz-que-brasil-vive-perseguicao-politica/