
O Brasil voltou a deixar o Mapa da Fome da ONU, após o país ter figurado na lista entre 2019 e 2021. A saída oficial ocorreu na última segunda-feira (28), com base em dados coletados de 2022 a 2024 pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
A mudança, segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, está ligada à reformulação do Bolsa Família e aos avanços na área da educação. Para ele, as novas medidas tornam a superação da fome no Brasil mais permanente e menos sujeita a oscilações políticas ou econômicas.
“Agora, quando alguém entra [no novo Bolsa Família], nunca mais volta para a fome e para a miséria”, afirmou o ministro, durante evento realizado nesta quinta-feira (31), na sede da empresa Atento, na zona Sul de São Paulo.
Proteção contínua
O novo formato do Bolsa Família permite que, mesmo com aumento de renda, as famílias permaneçam no programa por mais tempo, o que garante estabilidade em momentos de transição profissional.
“Se a renda não tirar da pobreza, ainda é possível receber o Bolsa Família. E se a renda cresce e a família sai do limite da pobreza, ainda pode ficar um ano recebendo 50% do benefício. E quando sai, porque superou a pobreza, não sai do cadastro. No dia que perder o emprego, já volta”, explicou Dias.
Além das alterações no Bolsa Família, o ministro destacou a educação como pilar essencial para romper o ciclo da miséria.
“Está comprovado que a educação tem esse papel. Cerca de um milhão e meio de beneficiários estão no ensino técnico ou superior. Essa tem sido a principal porta para não só sair da fome, mas também da pobreza e chegar à classe média”, pontuou.
Durante o evento, o Ministério assinou um protocolo de intenções com a empresa Atento, que atua no setor de contact center. A iniciativa prevê a oferta de vagas de emprego para inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), com foco em públicos historicamente vulneráveis.
A ação integra o programa Acredita no Primeiro Passo, criado em 2024, voltado à inclusão socioeconômica de pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente mulheres, jovens, negros, pessoas com deficiência e comunidades tradicionais ou ribeirinhas.
Fonte: Agência Brasil
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/brasil-sai-do-mapa-da-fome-e-ministro-destaca-papel-do-bolsa-familia-e-da-educacao-na-superacao-da-miseria/