6 de agosto de 2025
COP30 terá foco em populações vulneráveis e monitora inclusão de
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A presidência da COP30 está acompanhando como os países têm tratado os direitos dos povos indígenas e das mulheres em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). De acordo com a diretora executiva da conferência, Ana Toni, até agora apenas 22 países submeteram suas metas.

“Estamos olhando para todas as NDCs que estão chegando. queremos que todos os países coloquem as terras indígenas, os direitos indígenas e os direitos das mulheres nas suas NDCs”, afirmou Ana Toni.

O tema foi discutido nesta terça-feira (5), em uma reunião conjunta das comissões da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais; de Defesa dos Direitos da Mulher; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. O encontro teve como tema COP30: um compromisso com as vidas que sustentam os biomas.

Ana Toni ressaltou que a conferência, marcada para 2025 em Belém (PA), será voltada para as pessoas, especialmente aquelas mais afetadas pela crise climática, como mulheres, indígenas e quilombolas.

“Mas não só olhar para as pessoas como as vítimas do clima, mas também como lideranças que vão nos ensinar como sair do problema da mudança do clima. Não podemos esquecer que ação climática é ação humana”, pontuou.

Durante o debate, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou que a pasta está em mobilização contínua pelo país para dialogar com as comunidades indígenas sobre a COP30 e sua importância. Ela defendeu que os recursos dos fundos climáticos cheguem diretamente às organizações indígenas.

“Precisamos fazer mais recursos chegarem ao chão dos territórios. Isso vai trazer um impacto enorme porque viabiliza que os povos indígenas façam seu próprio trabalho de proteção ambiental. Sem povos indígenas, não há justiça climática”, afirmou a ministra.

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, disse que a pasta está desenvolvendo um protocolo de proteção às mulheres em contextos de emergência climática.

“Cada vez que o Brasil tem um desastre natural, a gente sabe que são as mulheres que cumprem uma agenda de reconstrução e salvação de sua comunidade, porque as mulheres são solidárias”, destacou.

Ela também informou que o ministério prepara uma programação específica para a COP30, visando garantir o protagonismo feminino no debate ambiental. “Precisamos ainda comprovar que as mulheres são capazes de debater esse tema, que às vezes fica só com os homens especialistas”, afirmou.

O seminário foi promovido a pedido das deputadas Célia Xakriabá (Psol-MG), Dandara (PT-MG), Dilvanda Faro (PT-PA), Duda Salabert (PDT-MG) e Elcione Barbalho (MDB-PA). As parlamentares ressaltaram que o objetivo da iniciativa é fortalecer a atuação conjunta das comissões na formulação de uma agenda legislativa e política voltada à justiça climática, à defesa dos territórios e à promoção da igualdade de gênero.

*Fonte: Agência Brasil

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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/08/cop30-tera-foco-em-populacoes-vulneraveis-e-monitora-inclusao-de-indigenas-e-mulheres-nas-metas-climaticas/