
A NASA e a Agência Espacial Europeia divulgaram, nesta quinta-feira (7), as melhores imagens já feitas até o momento do cometa interestelar 3I/ATLAS. O registro foi realizado com o Telescópio Espacial Hubble e revelou detalhes inéditos do objeto espacial.
De acordo com a NASA, as observações do Hubble permitiram aos astrônomos estimar com maior precisão o tamanho do núcleo sólido e gelado do cometa. O limite superior do diâmetro do núcleo é de 5,6 quilômetros, enquanto o mínimo é de 320 metros. Isso significa que ainda há incerteza sobre as dimensões exatas, mas agora os cientistas têm uma faixa estimada mais confiável.
Qual o tamanho do cometa?
“Embora as imagens do Hubble imponham limites mais rigorosos ao tamanho do núcleo em comparação com estimativas anteriores baseadas em observações terrestres, o núcleo sólido do cometa ainda não pode ser visto diretamente, nem mesmo pelo Hubble”, explicou a NASA.
Quando foi fotografado há algumas semanas, o cometa estava a 446 milhões de quilômetros da Terra. Os dados do Hubble indicam que a cauda do cometa está se desintegrando de forma semelhante à de outros cometas, com destino ao Sol, originários do nosso próprio sistema solar e observados anteriormente.
A grande diferença é que esse visitante interestelar veio de outro sistema solar, em algum ponto da nossa galáxia, a Via Láctea.
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“Ninguém sabe ao certo de onde o cometa se originou. É como tentar vislumbrar um projétil por um milésimo de segundo – não é possível rastrear com precisão sua trajetória para determinar o ponto de partida”, afirmou David Jewitt, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), líder da equipe responsável pelas observações do Hubble.
Objeto interestelar é apenas o terceiro registrado na história
O objeto foi descoberto por um telescópio do Sistema de Último Alerta para Impacto de Asteroides com a Terra (ATLAS), localizado no Chile e financiado pela NASA, enquanto estava a cerca de 670 milhões de quilômetros do Sol.

Posteriormente, a análise da trajetória permitiu confirmar que é mesmo um objeto interestelar, um astro que vem de fora do nosso Sistema Solar, e que se trata de um cometa.
Ele é apenas o terceiro objeto deste tipo a ser registrado na história, depois do asteroide ‘Oumuamua (de 2017) e do cometa Borisov (de 2019).
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