
Nem todo mundo quer viver em um arranha-céu. E, para ser sincero, nem precisa. Em várias capitais brasileiras, cresce a procura por empreendimentos menores, bem localizados e com identidade própria — um movimento que começa a aparecer também em São Luís.
A lógica é simples: os grandes terrenos estão cada vez mais raros (e caros) e o estilo de vida urbano pede soluções inteligentes para quem quer morar bem, sem abrir mão de privacidade e localização estratégica. Assim, áreas antes consideradas inviáveis para grandes projetos passam a ganhar protagonismo com formatos mais compactos, mas não menos sofisticados.
Esse conceito, batizado no mercado como “prédio-boutique”, já é consolidado em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. São construções com poucos andares, número reduzido de unidades, design marcante e atenção aos detalhes. A valorização não vem da altura, mas da experiência que proporcionam.
Em São Luís, quem inaugura oficialmente essa tendência é o Le Noir — primeiro residencial-boutique da cidade, assinado pela Hiali em parceria com a Silveira Inc.. Implantado em um terreno de 600 m², o projeto conta com apenas 25 apartamentos, divididos em cinco andares, com metragens que variam entre 33 m² e 62 m².
Giovanni Bohana, sócio da Hiali, explica que a proposta responde a mudanças no comportamento do consumidor:
“Hoje, as pessoas querem morar com conforto, mas também com identidade. Querem estar bem localizadas, sem abrir mão da privacidade. Foi pensando nisso que criamos o Le Noir”, afirma.
Mais do que o tamanho, o diferencial está no conjunto de atributos: arquitetura orgânica, iluminação natural, uso inteligente de tecnologia (fechaduras digitais, reconhecimento facial, placas solares, reaproveitamento de água) e lazer pensado como extensão da casa — coworking com armários inteligentes, piscina conceitual, lounge gourmet, academia, lavanderia e até uma galeria de arte.
No mercado, especialistas apontam que esse tipo de empreendimento tende a ter alto potencial de valorização por três motivos:
- Oferta limitada — número pequeno de unidades, o que aumenta a exclusividade.
- Localização consolidada — bairros já estruturados, com serviços e mobilidade.
- Conceito diferenciado — arquitetura e design que se destacam em um cenário urbano saturado.
Mais do que uma moda, os prédios-boutique representam uma mudança de mentalidade: trocar grandiosidade por aconchego, anonimato por proximidade, e metragens por experiência. Em São Luís, o Le Noir pode ser o marco inicial de uma nova forma de ocupar a cidade — menor no tamanho, mas grande na proposta.
Fonte: https://oimparcial.com.br/negocios/2025/08/pequenos-no-tamanho-gigantes-na-proposta-predios-boutique-mudam-o-jeito-de-morar-em-sao-luis/